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Piloto da American Airlines se apresenta bêbado para o voo e é condenado por tribunal francês

Piloto da American Airlines se apresenta bêbado para o voo e é condenado por tribunal francês © REUTERS – BRIAN SNYDER

Um piloto americano da companhia American Airlines foi condenado pelo tribunal de Bobigny, perto de Paris, a seis meses de prisão com suspensão condicional da pena, por estar embrigado antes de assumir o comando do Boeing 777 da empresa, com 277 passageiros a bordo. O voo sairia do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle em direção a Dallas, neste domingo (23).

Segundo o procurador de Bobigny, Eric Mathais, o controle feito na hora do embarque e validado duas vezes, revelou que Henry W., 63 anos, tinha 1,12g/l de álcool no sangue, cerca de seis vezes acima do limite autorizado pela regulamentação europeia. O teste foi realizado pela polícia do Transporte Aéreo. Detido, ele foi julgado nesta terça-feira (25).    

A pena ainda prevê a suspensão da licença do piloto por um ano, além de uma multa de € 4.500 (cerca de R$ 23 mil). O comandante deveria se aposentar em dois anos, segundo sua advogada de defesa, após 28 anos de carreira na companhia United Airlines.

Segundo o jornal francês Le Parisien, que revelou o caso e participou da audiência, Henry W. alegou que tinha tomado “apenas duas taças de vinho na véspera” e, segundo as regras em vigor nos EUA, respeitou as 10 horas de intervalo entre o consumo de álcool e o voo.

O argumento não convenceu a presidente do tribunal, que, segundo Le Parisien, passou um “sermão” no comandante e lembrou que pilotar um avião bêbado poderia ter causado uma catástrofe aérea.” Você colocou a vida de 277 passageiros em risco”, declarou a procuradora francesa durante a audiência.

De acordo com Mathais, Henry W. estava visivelmente bêbado na hora do controle de alcoolemia.  “Ele estava cambaleando um pouco, tinha o olhar meio vidrado, a boca parecia meio pastosa e tinha dificuldades para falar”, disse o procurador de Bobigny em uma mensagem no Twitter, que mudou de nome e agora se chama X.

Outros casos similares já ocorreram pelo mundo. Em 2018, um tribunal britânico condenou o co-piloto da empresa Japan Airlines a dez meses de prisão pelo mesmo motivo. Ele tinha uma taxa de alcolemia cerca de dez vezes acima do limite autorizado.  

Em 2015, quatro membros da tripulação de uma transportadora da Letônia também  foram condenados à prisão em regime fechado por consumir garrafas de whisky antes da decolagem de uma aeronave, na Noruega.

Com informações da AFP

SIEL GUINCHOS

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