PF vê indícios de que Bolsonaro cometeu crime ao associar vacina da Covid com risco de pegar Aids
Relatório encaminhado ao STF pela delegada Lorena Lima aponta crimes praticados por Jair Bolsonaro durante a pandemia, quando propagou informações falsas sobre a vacina de Covid-19 e o risco de pessoas pegarem HIV ao serem imunizadas.
A delegada, diante dos crimes apontados, pediu autorização a Alexandre de Moraes para indiciar Bolsonaro por disseminar notícias falsas sobre a Covid-19 e atentar contra o uso de máscaras.
A delegada condiciona o pedido ao julgamento, no STF, do recurso da PGR que tenta enterrar a investigação. Os investigadores também pediram autorização do ministro do STF para interrogar Bolsonaro no caso.
A investigação apura informações divulgadas por Bolsonaro em uma live no ano passado. O caso é tratado como contravenção penal de “provocar alarma a terceiros, anunciando perigo inexistente”.
Para a PF, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”.
Relatório afirma que presidente estimulou espectadores a não adotar norma sanitária. Vídeo da live em questão foi removido pelo Youtube.