A investigação já teria alcançado documentos que comprovam a inserção e exclusão de dados no sistema do Ministério da Saúde e mostram que essas manipulações eram do pleno conhecimento de Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) está prestes a concluir as investigações que pesam contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com base na delação de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. Fontes da corporação disseram ao canal norte-americano de TV CNN Brasil que a etapa mais avançada até o momento trata da fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro, amigos e familiares.
A investigação já teria alcançado documentos que comprovam a inserção e exclusão de dados no sistema do Ministério da Saúde e mostram que essas manipulações eram do pleno conhecimento de Bolsonaro.
A possibilidade de prisão do ex-mandatário neofascista, na PF, é tratada com normalidade pelos agentes envolvidos na investigação. Outra fonte policial destacou que, caso a equipe identifique envolvimento em crimes, as prisões serão efetuadas conforme os critérios legais, sem privilégios ou impunidade.
— Se a equipe investigativa identificar que Jair, José, Maria, João tem envolvimento em crimes, eles vão ser presos. Qualquer investigado, se tiver provas e se enquadrar nos critérios das prisões vai ser preso — garantiu.
Delação
Apesar da atenção da mídia sobre o caso, a delação de Mauro Cid ainda não foi divulgada na íntegra, o que tem sido utilizado pela defesa de Bolsonaro como motivo para desacreditar as informações já divulgadas. As informações mantidas em sigilo, entretanto, teriam gerado efeitos significativos.
A colaboração de Cid abrange diversos aspectos, incluindo a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro; o desvio de joias e até a fraude no cartão de vacinas.