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Pesquisa revela que 90% das mulheres já se sentiram menos respeitadas que os homens no trabalho

Levantamento realizado pela Workana aponta também que 95,7% das entrevistadas entendem que 2017 foi decisivo para que o assunto  seja  mais  discutido  neste ano.

São Paulo, fevereiro de 2018 – Mesmo com os avanços em relação à igualdade de gênero no mercado de trabalho, a sociedade ainda tem muito o que evoluir. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Workana, plataforma de trabalho
freelance com atuação em toda a América Latina. O estudo foi realizado com 1.500 brasileiras e, de acordo com o levantamento, cerca de 90% das mulheres sentem que os homens são mais respeitados no mercado de trabalho.

Em 2017, muito se falou sobre as adversidades sofridas pelas mulheres no âmbito profissional e a pesquisa confirmou que o ano foi decisivo para uma virada de comportamento. Diante de diversas manifestações, muitas delas vistas por todo o mundo em protestos e denúncias que tiveram grande repercussão nos segmentos artístico e esportivo, 69,7% das entrevistadas acreditam que as mulheres tiveram maior poder de decisão no último ano e 95,7% entendem que esse foi um passo importante para que o assunto fosse ainda mais discutido em 2018.

Em  relação  a  questões  salariais,  enquanto  na Islândia o início deste ano foi marcado pela implementação de uma lei que garante igualdade salarial entre os gêneros, no Brasil, 60,3% das entrevistadas afirmaram que ganham ou
já ganharam menos do que um homem para executar um trabalho igual ou superior e 62,7% disseram ainda que em sua área de atuação não há igualdade de oportunidades.

Já sobre abuso psicológico, 67,6% afirmaram que já foram contrariadas no trabalho para se sentirem erradas mesmo estando certas, 68,3% já foram interrompidas por homens em reuniões e 58,7%  afirmam  que  algum homem já
levou crédito por algo que elas fizeram. Quando se fala da aparência, 52,6% já foram julgadas no ambiente de trabalho.

Quando o assunto é assédio, o Brasil apresenta números alarmantes: 48,4% das mulheres já se sentiram perseguidas por algum homem do trabalho, enquanto 28,8% deixaram de denunciar algum abuso sofrido por medo de serem demitidas.

Questionadas sobre algumas situações desagradáveis no ambiente profissional, 40,3% das entrevistas afirmaram ter sofrido assédio ou abuso de uma autoridade, 38,3% notaram discriminação ou preconceito e 19% sofreram com assédio sexual. Além disso, 17%  sentiram  desconforto  antes mesmo de começar no emprego: os casos foram logo na entrevista.

 

 

SIEL GUINCHOS

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