Já o número de nascimentos é o menor em 26 anos
Em 2022, ainda sob algum efeito da pandemia de Covid-19, foram registradas 102.585 mortes na Bahia. O número foi 6,9% menor do que o verificado em 2021 (110.145), o que representou um saldo de menos 7.560 óbitos em um ano. Esta primeira queda nos óbitos no estado, após três anos de altas, não foi suficiente, porém, para que o número voltasse ao patamar pré-pandemia, de 90.404 mortes em 2019.
Na verdade, o total de mortes na Bahia em 2022 (102.585) ainda ficou acima do registrado em 2020 (102.189), primeiro ano da pandemia, quando houve um aumento recorde de óbitos. Também foi significativamente superior à média de mortes registradas anualmente, entre 2000 e 2019 (de 74.937 óbitos).
A queda percentual da mortalidade na Bahia entre 2021 e 2022 (-6,9%) foi bem menor do que a do Brasil como um todo e a 2a mais baixa entre as 27 unidades da Federação, todas as quais tiveram redução no total de óbitos registrado, no período. No país, o número de mortes recuou 15,8%, chegando a 1.504.763 em 2022, 281.584 a menos do que em 2021.
No entanto, o valor observado para 2022 também foi bastante superior ao de 2019 (1.317.292 óbitos naquele ano). Dentre os estados, só o Acre tinha conseguido, em 2022, voltar ao patamar de mortes de 2019 (4.001 e 4.019 óbitos, respectivamente).
Salvador tem queda mais intensa – Em 2022, foram registrados 18.919 óbitos na capital baiana, 13,9% a menos do que 2021 (quando haviam ocorrido 21.984). Isso correspondeu a menos 3.065 mortes em um ano. Porém, como ocorreu na Bahia como um todo, este número ainda estava bem acima do de 2019 (16.955) e da média anual entre 2000 e 2019 (15.139 óbitos).
As 27 capitais tiveram redução nos óbitos entre 2021 e 2022. Salvador teve apenas a 23ª maior queda percentual (-13,9%) e a 10ª em termos absolutos (-3.065 mortes). Em 2022, Bahia teve 4ª queda anual seguida no total de nascimentos (-5,8%) e a maior redução em termos absolutos do país: menos 10.744 do que em 2021
Em toda a Bahia, 173.686 pessoas nasceram e foram registradas em 2022. O número de nascimentos caiu no estado pelo quarto ano consecutivo e foi o menor em 26 anos, desde 1996, quando 173.087 crianças haviam nascido e sido registradas.
Frente a 2021 (quando haviam nascido 184.430 pessoas), houve uma queda de 5,8% no número de registros na Bahia – também a taxa de recuo mais intensa em 26 anos, desde os -6,3% de 1996. Isso representou menos 10.744 nascimentos em um ano. A redução em números absolutos (-10.744), na Bahia, foi a maior entre os estados, no período, enquanto a taxa de recuo (-5,8%) foi a 8ª mais expressiva.
Entre 2021 e 2022, houve queda no total de nascimentos no Brasil como um todo e em 25 das 27 unidades da Federação. Foram registrados no país 2.542.298 nascimentos em 2022, 93.556 a menos do que no ano anterior (-3,5%). Acima da Bahia, São Paulo (-10.658 nascimentos no período) e Maranhão (-8.877) mostraram as maiores reduções absolutas. Já Paraíba (-9,9%), Maranhão (-8,5%) e Sergipe (-7,8%) apresentaram as taxas de recuo mais intensas.
Apenas Santa Catarina (+1.960 nascimentos entre 2021 e 2022, ou +2,0%) e Mato Grosso (+1.024 nascimentos ou +1,8%) tiveram altas nos números de crianças nascidas entre 2021 e 2022. O número de crianças nascidas também seguiu em queda em Salvador, mostrando o 5º recuo anual consecutivo. Em 2022, nasceram e foram registradas 27.037pessoas na capital baiana, um número 5,3% mais baixo que o de 2021, com menos 1.508 nascimentos de um ano para o outro.
Nascimentos e registros – O total de crianças nascidas e registradas em Salvador em 2022 bateu o recorde anterior (de 2021) e foi o menor em 48 anos, desde 1974, início da série das Estatísticas do Registro Civil, quando 28.787 pessoas haviam nascido e sido registradas no mesmo ano.
Entre 2021 e 2022, 26 das 27 capitais apresentaram recuos nos números de nascimentos registrados. As maiores reduções em termos absolutos ocorreram em São Paulo/SP (menos 4.333 nascimentos), Rio de Janeiro/RJ (-3.432) e Brasília/DF (-2.030 (-1.341). Salvador ficou em 4º lugar. Já em termos percentuais, João Pessoa/PB (-11,2%), São Luís/MA (-8,7%) e Aracaju/SE (-7,0%) lideraram, e Salvador teve a 7ª taxa. Só Florianópolis/SC teve alta (+3,2% ou +187 nascimentos). Entre 2021 e 2022, 3 em cada 4 municípios baianos (75,1% ou 313 de 417) tiveram redução no número de nascimentos
Salvador não foi o único município baiano com menos nascimentos em 2022 do que em 2021. De um ano para o outro, 3 em cada 4 cidades do estado mostraram recuos na natalidade: 313 dos 417 municípios, ou 75,1%.
As maiores quedas percentuais ocorreram em Nova Ibiá (-42,9%, de 70 para 40 nascimentos, entre 2021 e 2022), Lajedinho (-41,5%, de 53 para 31) e Apuarema (-37,6%, de 117 para 73). Em termos absolutos, as maiores cidades em população também mostraram as reduções mais significativas: Salvador (-1.508, ou -5,3%), Feira de Santana (-384 ou -4,6%) e Vitória da Conquista (-269 ou -5,2%).
No outro extremo, Luís Eduardo Magalhães teve o maior aumento absoluto no número de nascimentos, entre 2021 e 2022 (+94, de 1.995 para 2.089, ou +4,7%), seguido por Mucuri (+54 nascimentos, de 488 para 542, ou +11,1%) e Caetité (+51 nascimentos, de 591 para 642, ou +8,6%).
Já as maiores taxas de crescimento no número de nascimentos foram as de Aiquara (+60,0%, de 20 para 32), Guajeru (+37,5%, de 56 para 77) e Marcionílio Souza (+36,8%, de 87 para 119). Considerando os extremos de um período maior, entre 2001 e 2022, quase 9 em cada 10 municípios da Bahia tiveram queda nos nascimentos: 371 de 417, ou 89,0%.