NOVA BAHIA 2024

‘Não tinha ideia do que iria enfrentar’, diz baiana que venceu câncer

Publicitária Carolina Magalhães, 31 anos, lança livro Mas Nem Parece que Você tem Câncer após vencer dura batalha

O livro Mas Nem Parece que Você tem Câncer, que retrata a história da publicitária Carolina Magalhães, 31 anos – baiana que, aos 29 anos, foi diagnosticada com câncer de mama e passou por uma dura batalha por cerca de um ano e meio – será lançado na quinta-feira (8). O evento vai acontecer no auditório do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), em Ondina, às 19h.

Carolina e algumas das profissionais responsáveis pelo seu tratamento — Luciana Landeiro (oncologista), Angela Magalhães (psicóloga) e Ceci Figueredo (enfermeira) — vão promover um bate-papo durante o lançamento sobre o câncer de mama e o processo para a cura. A mesa redonda será mediada pela jornalista Fabiana Mascarenhas. O evento será finalizado com sessão de autógrafos.

Confira o depoimento dela:

Quando descobri que estava com câncer de mama, aos 29 anos, não tinha ideia do que iria enfrentar pela frente. A verdade é que a gente nunca imagina que irá acontecer com a gente e o desconhecimento e mitos sobre a doença faz com que o medo seja a primeira reação. Fiz a primeira cirurgia sem saber de fato que estava com câncer, as biópsias realizadas anteriormente traziam resultados inconclusivos, e essas foram apenas as primeiras surpresas durante o tratamento.

Após a cirurgia, o material retirado foi para dois laboratórios diferentes em Salvador e para a minha surpresa, apresentaram resultados divergentes. Como prosseguir com o tratamento dessa forma? Uma terceira avaliação em São Paulo trouxe o resultado definitivo, porém sugeriu uma avaliação na tireóide, pois os marcadores tumorais de câncer indicavam que a doença poderia ter vindo de lá.. E aí começa minha saga do tratamento do câncer.

Quatro cirurgias, mastectomia, retirada total da tireoide, suspensão do plano de saúde, recidiva do câncer de mama, nódulo no fígado, quimioterapia e radioterapia. Passei por todos esses processos e hoje estou aqui para contar essa história, que não foi nada fácil, mas deu certo no final. Foi uma trajetória de pouco mais de um ano. Nunca pensei que fosse morrer, sempre tive muita fé e força para seguir dia após dia no tratamento, por mais difícil que fosse muitas vezes.

Sempre que começava a contar a história para algumas pessoas, ouvia com um susto: “mas nem parece que você tem câncer! Menina, você deveria escrever um livro.”. Pois então, essa é uma história para curiosos, para quem não tem, para quem tem e para quem teve câncer.

SIEL GUINCHOS

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