Se, aparentemente, Bolsonaro teria garantida sua estadia nos EUA por mais 90 dias, desde que conseguiu o visto de turista, na semana passada, a realidade é mais sombria para o ex-mandatário neofascista. Um grupo de parlamentares norte-americanos tem pressionado, de forma incisiva, o governo do presidente Joe Biden para que rejeite o pedido para ficar no país.
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes espera, honestamente, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpra sua promessa e retorne em breve ao país. Uma lista de processos o aguarda, na Corte.
Se, aparentemente, Bolsonaro teria garantida sua estadia nos EUA por mais 90 dias, desde que conseguiu o visto de turista, na semana passada, a realidade é mais sombria para o ex-mandatário neofascista. Um grupo de parlamentares norte-americanos tem pressionado, de forma incisiva, o governo do presidente Joe Biden para que rejeite o pedido para ficar no país.
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Bolsonaro é suspeito de envolvimento na tentativa recente de golpe de Estado, no Brasil, mas disse a apoiadores, nesta segunda-feira, que voltará ao país voluntariamente “nas próximas semanas”.
— Por melhor que esteja em qualquer lugar do mundo, não existe algo melhor do que a nossa terra. A saudade bate no peito de todo mundo aqui. Não tem aqui quem não tenha um irmão, tio, um filho, um amigo lá no Brasil. Nós sabemos que é um país fantástico. Eu também quero retornar ao Brasil. Pretendo retornar ao Brasil nas próximas semanas — prometeu, mas não disse quando pretende cumprir a promessa, feita durante encontro de fiéis em uma igreja protestante em Orlando (FL-EUA), onde se encontra desde 30 de dezembro do ano passado.
Missão
Ainda no pronunciamento, Bolsonaro voltou a atacar o TSE e colocou em dúvida o resultado das eleições em que foi derrotado pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), novamente sem apresentar provas.
— É uma satisfação muito grande a forma como vocês têm me tratado ao redor desse globo. Isso não tem preço. Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, não conseguiu ser reeleito. Dizem que todos nós temos uma missão aqui na Terra. A minha missão ainda não acabou. Não interessa o que venha a acontecer comigo aqui ou no Brasil. E na forma como, porventura, algo venha a acontecer — afirmou, antecipando até uma possível pena de prisão ou de inelegibilidade.
Bolsonaro chegou aos EUA pouco antes de terminar o mandato, com visto diplomático por 30 dias, vencido no fim do mês passado. Na sequência, pediu o visto de turista ainda em análise pelas autoridades migratórias norte-americanas. Pesa, no entanto, o pedido de mais de 40 parlamentares democratas para que a permissão seja negada e para que o Federal Bureau of Inteligence (FBI, a Polícia Federal norte-americana) passe a investigar se os atos golpistas de 8 de janeiro contaram com apoio de Bolsonaro, a partir dos EUA.