O trágico caso Leandro Lo, morto em agosto, em São Paulo, teve mais um desdobramento. O Tribunal de Justiça de São Paulo determina que Henrique Otavio Oliveira Velozo, policial militar acusado pelo homicídio do ícone do jiu-jitsu, volte a receber salário.
A decisão foi tomada pelo juiz Marcio Ferraz Nunes, da 16ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, que acatou o pedido feito pela defesa do agente no dia 13 de março. Os profissionais responsáveis por defender Henrique também solicitaram o pagamento dos salários não recebidos pelo mesmo desde a sua suspensão.
De acordo com a reportagem da emissora ‘CNN Brasil’, a decisão do juiz de atender ao pedido da defesa de Henrique foi baseada em um entendimento de julgamento anterior. A argumentação dos advogados do policial destacou que ‘não deve haver julgamento da sentença do servidor público afastado em prisão em flagrante, preventiva ou temporária, até que haja ocorrência ou absolvição do réu’.
Por outro lado, em entrevista à emissora, Adriano Salles Vanni, advogado da família de Lo, classificou a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo como ‘um tapa na cara da sociedade’, uma vez que informou que a única ajuda que a família do lutador recebeu foi a dos amigos dele, enquanto o policial acusado de matá-lo foi autorizado a receber o salário mesmo preso. Agora, a Justiça estabelece um prazo de até cinco dias para o agente voltar a ser pago.
O triste episódio envolvendo Leandro Lo e Henrique Otavio Oliveira Velozo aconteceu no dia 7 de agosto de 2022, durante um show no Clube Sírio, em São Paulo. De acordo com as testemunhas, o policial militar, depois de provocar, brigou com o ícone do jiu-jitsu e acabou imobilizado por ele. Ainda segundo os relatos, após ser solto, o agente voltou a procurar o lutador e, quando o encontrou, disparou contra sua cabeça e teria dado dois chutes com o atleta desacordado no chão. O campeão mundial da arte suave chegou a ser socorrido com vida e levado a um hospital, mas não resistiu e faleceu logo depois.