Autoridades russas consideraram que as forças militares do país tiveram sucesso no primeiro dia de invasão ao território ucraniano, nesta quinta-feira (24).
“Todas as operações atribuídas a grupos de tropas das Forças Armadas da Federação Russa para o dia foram concluídas com sucesso”, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov.
A análise se deu apesar das advertências e ameaças de sanções feitas por diversos países por conta dos bombardeios russos.
Autoridades ucranianas revelaram que o país sofreu mais de 200 bombardeios apenas nas primeiras horas de invasão do país rival.
Segundo o Ministério da Defesa local, os confrontos aconteceram em todo o território ucraniano e não se limitaram às regiões separatistas de Lugansk e Donetsk, reconhecidas como independentes pela Rússia.
Soldados russos teriam sido feitos prisioneiros pelas forças ucranianas. Em contrapartida, o Ministério da Defesa da Rússia informou que 74 estruturas militares rivais foram destruídas.
Segundo relatos da imprensa local, dezenas de pessoas de ambos os lados já teriam sido mortas.
Rússia se diz pronta para negociar rendição ucraniana
O secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, informou que Moscou quer negociar termos de rendição com Kiev em relação à ofensiva militar russa na Ucrânia. Segundo o comunicado, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou sua disposição de dialogar com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, com foco para garantir “status neutro”. Uma das condições é a promessa de não ter armas em seu território.
“O presidente formulou sua visão do que esperaríamos da Ucrânia para que os chamados problemas de ‘linha vermelha’ fossem resolvidos. Este é um status neutro e isso é uma recusa em implantar armas”, esclareceu o secretário. O ataque militar, segundo o líder, deve cessar caso Kiev concorde em atender às demandas.
Peskov acrescentou que Putin determinará o momento das negociações, mas garantiu que a Rússia só se envolverá “se a liderança da Ucrânia estiver pronta para falar sobre isso”.