Em 2022, mesmo diante do cenário de pandemia, a PRF registrou aumento de 18% no número de mortes nas estradas durante o Carnaval
Curitiba, fevereiro de 2023 – Depois de três anos de pandemia, com restrições para comemorar o Carnaval, brasileiros de todo o país de preparam para curtir a folia. Porém, a empolgação não pode dar lugar à irresponsabilidade no trânsito. Ir e voltar com segurança é o enredo vencedor em 2023.
Mesmo em 2021 e 2022, sem as grandes festas e desfiles das escolas de samba, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) relatou que houve uma piora no número de infrações cometidas pelos motoristas de um ano para o outro. Apesar dos esforços da organização, foi registrado um aumento de 18% nas mortes nas estradas no feriado prolongado no ano passado.
A conduta do motorista, segundo a PRF, é o principal motivador de acidentes nas vias, fato que reforça a importância de usar equipamentos de segurança e manter-se focado na pista. Outras recomendações envolvem o planejamento detalhado da viagem também no que se refere às condições do clima, à distância a ser percorrida e à programação de pausas para descanso.
Também são decisivas na ocorrência e gravidade de sinistros as condições dos veículos. Checar os faróis, pneus, motor e equipamentos obrigatórios como estepe, macaco e triângulo é, portanto, indispensável. Para Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, o ideal é que eventuais impasses no veículo sejam solucionados antes mesmo de serem concretizados. “O bom condutor é aquele que previne e minimiza as chances de estar envolvido em acidentes todos os dias no ano; antes, durante e depois de um feriado”, comenta.
Falhas mecânicas elevam a possibilidade de automóveis pararem repentinamente em locais inadequados, o que além de gerar novos sinistros, pode alongar as filas de congestionamento, típicas do feriadão. Do mesmo modo, são essenciais o respeito aos limites de velocidade exibidos nas placas ao longo das vias e às regras de transporte para crianças.
Álcool e direção, não!
Estar plenamente capaz de conduzir depende exclusivamente do comportamento – e responsabilidade – de quem está ao volante. E, infelizmente, nessa época do ano cresce o número de prisões e apreensões daqueles que conduzem sob o efeito de bebida alcoólica. O crime, previsto no Código de Trânsito, está entre os cinco principais fatores de risco para a mortalidade no país, segundo o Governo Federal. Campos alerta que a mistura de álcool e direção pode ser fatal. “O número de acidentes causados por alcoolemia e que resultaram em óbito aumentou nos últimos anos. O trânsito pode e deve ser um lugar seguro. O uso de tecnologia para a fiscalização de trânsito, o policiamento e monitoramento constantes e as campanhas educativas atuam para isto. Agora, é preciso que os condutores respeitem as leis e sejam parte ativa no objetivo de salvar vidas”, completa.