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Estreia no MMA faz Malfacine resgatar sensação perdida do início no jiu-jítsu

Peso-mosca vence por finalização em apenas 94s a primeira luta de MMA, e revela que queria ter trocado mais em pé com rival, enquanto o instinto o levou para o chão.

Bruno Malfacine conseguiu uma finalização sobre Romario Boaes com apenas 94s de luta (Foto: Natalino Werneck)

O desafio de sair da zona de conforto e se testar num lugar nunca antes habitado é difícil e, ao mesmo tempo, recompensador. Depois de ganhar nove títulos mundiais no jiu-jítsu, Bruno Malfacine entrou neste último domingo pela primeira vez num cage de MMA, e em 1m34 finalizou seu primeiro adversário na modalidade, e logo na especialidade da casa: a finalização, vinda com um armlock diante de Romario Boaes, no peso-mosca (até 57kg), no Shooto 74.

– É tudo muito diferente, é um universo novo. Ainda estou conhecendo um pouquinho de cada coisa, desde a pesagem, a semana do evento, como treinar dias antes… (…). Estava bem tranquilo até hoje (ontem) cedo, e é muito diferente de jiu-jítsu. Amei a sensação, já quero voltar para lutar de novo. Não sabia o que me esperava, mas entrar ali e ver como é a sensação é bem diferente, e acho que é o que sentia quando comecei a competir. Claro que hoje em dia ganhar mundiais (de jiu-jítsu) me faz feliz, mas não como era antes. Acho que resgatei isso no MMA. Estou feliz demais por isso.

Assim como o próprio Malfacine, seu adversário também fazia sua estreia no MMA profissional, o que dificultou ao multicampeão de jiu-jítsu estuda-lo. O lutador também relatou que não teve muito tempo para fazer o camp dessa luta.

– A luta foi rápida. Ele também estava estreando no profissional, não consegui encontrar material para estudar sobre ele, não sabia o que vinha pela frente, se um striker ou um cara do chão. A estratégia era fintar e entrar em queda, mas queria me testar, sentir a luta. Queria sentir como era estar ali dentro por mais tempo, mas acabou que quando levei um chute, pensei: “Não posso arriscar tanto”. A gente fez um camp incrível em Orlando, mas treinamos pouco tempo, na verdade. Foram quatro meses e meio para essa luta, não era o apropriado, acho que devíamos treinar um pouco mais (…). Era lutar seguro, com inteligência. Foi uma estreia incrível. Claro que tenho que evoluir muito, tenho consciência disso, (mestre Ricardo) Libório está do meu lado, a gente trabalha junto, e a tendência agora é só evoluir e, quem sabe, um dia chegar ao título do UFC.

 

Fonte: Combate

 

 

SIEL GUINCHOS

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