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Em sessão especial na Alba, MST relembra massacre de Eldorado dos Carajás e Valmir cobra pauta de reivindicações 

A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) foi palco, nesta terça-feira (19), de mais uma sessão especial para relembrar os 26 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, que matou cruelmente 21 trabalhadores rurais Sem Terra, em 1996. Com o auditório ocupado pelos militantes, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) defendeu a pauta de reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) apresentada aos governos estadual e federal e apontou para a importância de uma gestão popular na Presidência e da continuidade do projeto petista na Bahia com a eleição de Jerônimo Rodrigues para governador.

“Esse governo Bolsonaro acabou com as políticas agrárias e tem incentivado a violência no campo. Por isso, precisamos de um governo com Lula no comando e, aqui no estado, vamos eleger Jerônimo para governar para o povo, assim vamos seguir mudando a vida das pessoas. É preciso recriar as ações e até o Ministério do Desenvolvimento Agrário, como também destravar a reforma agrária e retomar as ações no Incra para evitar que mais pessoas morram em conflito agrário neste país”, declara Valmir ao falar das administrações estaduais de Jaques Wagner (PT-BA) e Rui Costa (PT). Assunção frisa que o MST aguarda ser atendido pelo governador para tratar das demandas do movimento.

Ao lado do deputado federal ligado ao MST estavam na mesa de trabalhos a proponente da sessão, a deputada Fátima Nunes (PT), o senador Jaques Wagner, o presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, além dos estaduais Bira Coroa, Rosemberg Pinto e Osni Cardoso e de representantes do Governo Rui, como os secretários de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, de Desenvolvimento Rural (SDR), Jeandro Ribeiro. Para a pré-candidata à deputada estadual e secretária nacional de Movimentos Populares do PT, Lucinha Barbosa (PT), as demandas do MST devem ser ouvidas e ratifica que o movimento vai marchar com Jerônimo.

“É quem tem sensibilidade para tratar com o povo Sem Terra, foi assim quando estava no Ministério e na Secretaria de Desenvolvimento Rural. Precisamos ajudar a colocar um fim na violência contra os Sem Terras”, salienta Lucinha. O pré-candidato ao governo se comprometeu em auxiliar e em ouvir as demandas. Ele é lembrado por Jeandro que já existem valores para empréstimos de mais de R$1 bilhão para o próximo governador, além de dois acordos sobre demandas apresentadas. O senador Wagner também defendeu a retomada das políticas agrárias e a recriação de ministério para ajudar no desenvolvimento de ações no campo, paralisadas pelo governo Bolsonaro.

Para a dirigente nacional do MST, Liu Durães, o caos social instalado pelo Governo Bolsonaro só será desfeito com o povo indo para as urnas e elegendo Lula presidente. Ela aponta que as ocupações de terras improdutivas vão continuar ao longo de abril e que o movimento vai defender o legado do PT na Bahia e no país. “Bolsonaro abandonou as políticas de reforma agrária, dos quilombolas e dos indígenas. Precisamos denunciar e criar meios de resgatar a esperança e a dignidade do povo. São mais de 15 milhões de pessoas desempregadas, além de milhões de pessoas com fome e a pobreza subindo desenfreadamente. Não temos outro caminho que não seja eleger Lula presidente em outubro”, completa Liu.

SIEL GUINCHOS

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