Atores políticos do cenário baiano de diferentes grupos ideológicos não entendem o “sumiço” de Paulo Souto (União Brasil) do debate eleitoral deste ano. Ex-governador da Bahia por duas vezes, Souto é um dos coordenadores da campanha de ACM Neto ao Governo do Estado.
Diferente do que muitos esperavam, o ex-governador tem recusado convite de entrevistas e evita aparecer publicamente. Pelo contrário, tem atuado somente nos bastidores nas estratégias de campanha.
O sumiço de Paulo Souto, que além de ex-governador, foi candidato ao Governo contra Jaques Wagner (PT) e Rui Costa (PT) e perdeu para ambos, não se justifica também pela sua capacidade de transferência de votos, próxima a do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a pesquisa do Instituto Quaest, divulgada em julho, o apoio de Paulo Souto a um candidato é considerado “muito importante” para 12% dos eleitores consultados. Nesse quesito, ele perdeu para Bolsonaro (15%), Jaques Wagner (19%, Rui Cosra (27%) e Lula (44%), que é o maior cabo eleitoral da Bahia.
Para 31% dos eleitores baianos, o apoio de Paulo Souto “é importante, mas não é o que decide a eleição”.