Qual didática e soluções? Sabemos que não é só na disciplina de Matemática em que os professores estão encontrando dificuldades e achar meios e soluções para ensinar pelo método online –EAD. Mas independente da área se, é de exatas, ou humanas, o que conta é a criatividade do docente, pois no ensino à distância online o professor passa a ser um intermediador e colaborador para passar a matéria e não mais um detentor do conhecimento.
Em seu artigo publicado o ano passado (2019), com o título: BNCC: Matemática será ensinada diferente em 2019 o Matemático e Pedagogo Valdivino Sousa, abordam as mudanças em que o ensino de matemática iria vir acontecer, quem nunca já ouviu a frase do tipo: eu odeio matemática, ou a matemática não entra na minha cabeça, anos e pós anos, a disciplina é sempre ensinada de forma errada, ou é ensinada com base em conceitos distante da realidade. Professores em sala de aula são questionados pelos alunos – onde eles vão usar tais conceitos cheios de fórmulas e complexas?
Chegou a hora da mudança com o ensino Online nas escolas públicas e privadas
Independente de pandemia o ensino de Matemática já vinha sendo cobrado passar por mudanças, e agora chegou a hora dessa mudança, com o ensino online salva o professor que buscar adaptar com as novas ferramentas e saber utilizar os métodos modernos de ensino. Se somente seguir o programa de aulas fornecido pela secretaria de educação, e ficar no ensino tradicional é óbvio que os alunos não vão se interessar e nem absorver o conhecimento, pois se trata de uma disciplina abstrata.
Mas como mudar meu jeito de ensinar? Sabendo que o ensino é online EAD, a criatividade está por conta do professor, uma novidade no ensino de Matemática é usar a plataforma de jogos Matific, que é uma Startup e foi desenvolvida com o objetivo de facilitar o ensino de matemática na pandemia. A empresa tem origem em Israel. A Matific, é focada no ensino de matemática por meio da tecnologia, é uma das parceiras do governo de São Paulo em um programa de aulas à distância lançado nesta sexta-feira para os alunos da rede pública que estão sem aula devido à quarentena imposta pela pandemia do coronavírus.
A seguir veja as dicas para inovar o ensino de Matemática.
A startup foi fundada em 2012, está presente em 40 países e tem auxiliado alguns deles nos desafios da educação à distância em meio à pandemia de coronavírus. Presente no Brasil há cinco anos, a empresa doou 1,5 milhão de licenças para uso de sua plataforma por alunos da rede pública de São Paulo durante 60 dias. A plataforma é voltada para crianças entre cinco e doze anos. Atualmente é usada em 3.500 escolas brasileiras, dentre instituições particulares e públicas, com 600 mil alunos usuários.
Segundo o Matemático e Pedagogo Valdivino Sousa “a saída para atingir o aprendizado dos alunos é buscar trazer a matemática do mundo abstrato, para o dia a dia, e esse é um dos objetivos da plataforma Matific. O professor pode usar a linguagem teórica e por meio de jogos e desafios simular situações da vida real”.
Para alunos do ensino básico I, existe um software que permite que essas crianças aprendam de forma mais lúdica, colocando a mão na massa no ambiente dos jogos. Engajamos os alunos em situações do cotidiano, para trabalhar a resolução de problemas da vida real.
A plataforma pode ser acessada por qualquer dispositivo, como tablets e smartphones. No contexto de quarentena imposta pela pandemia de coronavírus, muitos pais se preocupam com o tempo que as crianças ficam em frente à tela. Já com a Matific, a tela é usada para aprendizagem, onde pais e professores passam a ter acesso a um acervo de cerca de 1.600 atividades, desafios e exercícios de matemática.
A carência em Matemática é desde o ensino fundamental
A carência em Matemática se arrasta do ensino fundamental para o ensino médio, no ensino fundamental os alunos do quinto e do nono ano não passaram do nível quatro, segundo avaliação do SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica. Os alunos apenas decoram as matérias no ensino fundamental para tirar a nota e passar de um ano para o outro. Quando chegam ao ensino médio eles não lembram mais o que aprendeu.
“Quando aprendemos algo, nós não esquecemos, pois a aprendizagem acorre através de mudança de comportamento, por exemplo, quando eu aprendo a andar de bicicleta ou dirigir não esqueço. Já quando decoramos uma coisa, um texto ou algo semelhante, não existe uma mudança de comportamento, pois nosso cérebro grava, mas esquece, é algo passageiro, é o que acontece com os alunos, eles apenas decoram e esquecem” Explica o Matemático e Pedagogo Valdivino Sousa.
Com a implementação da BNCC em 2019, que é a Base Nacional Comum Curricular, o ensino passa a ter um letramento mais reflexivo e em uma maior variedade de contextos, o ensino irá trazer os conceitos teóricos para a vida real. O BNCC visa mudar a forma de ensinar matemática, mostrar para os alunos uma matemática que está em tudo, como no mercado, padaria, na feira e nas demais coisas do dia a dia.
“Um bom modelo de organização já havia sido inventado na antiguidade, pelo matemático helenístico Euclides. Em seu tratado “Elementos”, formulou cinco afirmações que considerava intuitivamente evidentes, ou seja, ensinar matemática usando métodos diferentes. Porém, existe a necessidade no início do ensino fundamental os alunos aprender a base da matemática. Pois deparamos com pessoas que não sabem dominar as quatro operações matemáticas, ou seja, pessoas que não sabe tabuada”. Diz Valdivino Sousa
Outra novidade com a nova BNCC, não é só em matemática, mas o documento define parâmetros a serem seguidos em todo o país, a BNCC respeitará as realidades sociais e culturais das regiões brasileiras. A partir da base, cada escola terá conteúdos básicos a oferecer, e definirá o próprio currículo, adaptado ao contexto em que se insere.
Isso significa que os colégios também poderão acrescentar à sua metodologia pedagógica tópicos específicos relacionados à cultura e à história local. A base ajudará a organizar os métodos de ensino, e servirá como uma referência para os pais acompanharem se as escolas estão respeitando aquilo que o documento estabelece. Essa cooperação entre família e colégio será um importante instrumento para a formação dos estudantes.
Conclusão
A Matific tem uma equipe de 25 pessoas no Brasil e cerca de 200 pessoas pelo mundo. O sistema educacional para aprendizado de matemática foi projetado por professores de matemática, engenheiros de software e desenvolvedores de jogos. O sistema é usado por cerca de 2 milhões de alunos pelo mundo. Nos últimos anos, a startup recebeu cerca de 50 milhões de dólares em investimentos, usados na expansão de sua presença pelo mundo.
O programa anunciado em São Paulo vai transmitir aulas ao vivo, com a possibilidade de interação dos alunos por meio de um aplicativo. O objetivo é reduzir os impactos aos estudantes que estão fora da escola. O programa é voltado para 3,5 milhões de alunos no total.
Fonte: Matemático Sousa