A posição na tabela e a pontuação podem não ser ainda as sonhadas pela Nação Tricolor, mas se tem duas coisas que o torcedor pode comemorar são a invencibilidade de seis jogos – todos sob o comando de Guto Ferreira – e que quando o jogo é com a presença da torcida na Arena Fonte Nova a possibilidade de ter gol do Esquadrão é maior. Contra a Chapecoense foram três e, diante do Ceará, mais um.
É confiando na estabilidade vivenciada pela equipe nessa reta final do Campeonato Brasileiro e na sinergia restabelecida entre time e torcida que o Bahia recebe hoje, às 18h15, na Fonte Nova, o São Paulo, em partida válida pela 30ª rodada da competição.
Para o importante confronto, que pode ajudar o Bahia a se afastar da zona de rebaixamento em caso de triunfo, a expectativa é de que seja registrado o maior público na Arena desde o retorno da torcida aos estádios, já que o governo do estado liberou 50% da capacidade.
Nos 3 a 0 em cima da Chape, a Fonte recebeu 8.058 torcedores; já diante do Ceará, o público foi de 11.507 pessoas presentes. Para hoje, um clássico domingo de futebol num horário adequado, por que não esperar que mais de 20 mil tricolores preencham as arquibancadas da Fonte Nova?
E eles vão querer ver gol, é claro. O grande mérito da equipe desde o retorno de Guto Ferreira tem sido a consistência defensiva. Nos seis jogos sob o comando de ‘Gordiola’, o Bahia abusou da segurança no setor, que ainda é um dos piores do Brasileirão por conta do desempenho anterior. Sofreu somente um gol, justamente no empate em 1 a 1 com o Ceará, na Fonte.
Por outro lado, o Esquadrão só conseguiu ir às redes em três desses seis duelos (os outros três terminaram em empates por 0 a 0). Duas dessas partidas com gol do Bahia foram na Fonte. A outra foi na estreia de Guto, na Arena da Baixada: 2 a 0 sobre o Athletico-PR, finalista da Copa do Brasil.
Em número gerais no período, o Tricolor somou seis gols marcados contra um sofrido. Três desses tentos foram anotados por Gilberto, que iniciou a rodada como artilheiro isolado do Brasileirão, com 12 gols. Outros dois vieram do pé direito do atacante Raí Nascimento e um da cabeça do zagueiro Luiz Otávio.
Com a provável volta do atacante Rossi, que vinha em ótima fase até se machucar, dois meses atrás, e a boa fase de Gilberto, a expectativa é alta de bola na rede, três pontos na conta e um respiro mais aliviado ao fim da rodada.
E a chance de comemoração de gol sobe ainda mais por um simples fato: nas duas últimas partidas na Fonte Nova, aquelas com maior público Gilberto brocou. Foi um contra a Chapecoense e o outro numa bomba de fora da área diante do Ceará. O camisa 9, inclusive, tem chamado atenção também pelos golaços, como a chapa por cobertura em cima de Richard, goleiro do Vovô.
“Esse jogo é uma final de Copa do Mundo pra gente. Não pode ser encarado de outra forma”, afirmou o meia Daniel, que está confirmado no time titular.
Nesse clima de desejo de bola na rede e alegria, aqui vai uma sugestão de trilha sonora para o torcedor no caminho para a Fonte Nova. As rimas da canção do clássico álbum Rappa Mundi, da banda O Rappa, são: “Eu quero ver gol / Eu quero ver gol / Não precisa ser de placa / Eu quero ver gol”.
Reforçado
Para o confronto contra o São Paulo, o técnico Guto Ferreira tem os retornos do meia Lucas Mugni, que tem boas chances de iniciar a partida como titular ao lado de Patrick e Daniel. Outro que deve reaparecer, mas no banco de reservas, é o atacante Rossi.
Após cumprirem suspensão automática contra o Juventude, os laterais Matheus Bahia e Nino Paraíba também retornam ao time titular do Esquadrão. A dúvida fica sobre a continuidade ou não de Juninho Capixaba como ponta esquerda, já que há a opção de Rossi.
Já Rogério Ceni terá os retornos do atacante Jonathan Calleri e do meia Rodrigo Nestor. Além disso, o técnico do Tricolor paulista estuda a possibilidade de iniciar a partida com três zagueiros.
O Bahia iniciou a rodada na 16ª colocação, com 33 pontos conquistados, enquanto o São Paulo era o 12º, com 37.