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Clima prejudica produção de cacau no Sul da Bahia

Depois de uma seca que castigou a região há cerca de um ano e meio, os produtores de cacau do Sul da Bahia enfrentam, agora, novos problemas: o excesso de chuvas e um frio atípico para esta época. Esse desequilíbrio no clima tem provocado um atraso na safra temporã, que normalmente acontece entre maio e setembro. O amadurecimento dos frutos está tardio. Para minimizar este problema, seriam necessárias, no mínimo, duas semanas com luz intensa e calor.

De acordo com um produtor, a safra está completamente descompensada. “Para se ter uma ideia, a safra ainda não entrou. Eu nunca vi uma situação dessa em mais de 30 anos de lida com a lavoura cacaueira”, relata.

Para este período, estava prevista a entrada de 900 mil sacas de cacau. Mas, até o momento, entrou menos 30% do total estimado. Espera-se, portanto, uma forte concentração de colheita entre agosto e setembro.

Mais prejuízos

Um outro fator negativo provocado pelas atuais condições climáticas é o aparecimento de doenças causadas por fungos, como a vassoura de bruxa e a podridão parda. É que quanto mais chuva, mais umidade.

E, para piorar ainda mais a situação, a safra principal também pode ser prejudicada, uma vez que boa parte dos frutos em formação está sendo danificada.

Mas a chuva não trouxe só coisas ruins. Equilibrando os níveis de lençóis freáticos, ela contribuiu com a recuperação de nascentes e rios do Sul da Bahia. E isso dá aos produtores – e a toda a população – a esperança de dias melhores em 2018.

Fonte: Mercado do Cacau

 

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