Ex-campeão do UFC, que volta ao octógono no dia 11 de março, em Fortaleza, rebate ideia de que vive momento ruim ao ter perdido suas duas últimas lutas no peso-médio.
Aos 39 anos, Vítor Belfort subirá ao octógono em Fortaleza no próximo dia 11 de março para fazer sua luta número 39. Com a maturidade da idade e a experiência com tantas lutas no esporte, “O Fenômeno” mostra que encara seu momento no MMA de uma forma diferente da maioria. Vindo de duas derrotas – contra Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi -, o ex-campeão do peso-meio-pesado do UFC descarta qualquer menção a uma fase “complicada” na carreira.
– Quem disse que é complicado? Lutei contra os dois melhores lutadores da divisão, então não é complicado, é uma oportunidade para reescrever minha história. Foi um passo em falso. Esse é o problema na luta. As pessoas têm a perda como o pior momento, mas é o melhor momento, o momento em que posso reescrever minha história – disse Belfort ao “MMA Fighting”.
Belfort chegará à próxima luta com um cartel de 25 vitórias e 13 derrotas. E ele garante olhar para cada uma dessas lutas com um olhar positivo, diferente, segundo ele, do que se costuma praticar.
– Infelizmente, é assim que os homens veem as coisas. Quando alguém perde, eles querem enterrá-las, criam o ídolo e depois querem destruí-lo. É uma coisa cultural. As pessoas precisam ver as dificuldades como uma oportunidade. Esta é a maneira que vejo.
Para exemplificar como tem visto a divisão peso-médio do UFC, Belfort apontou para diversos adversários para mostrar que eles estão mais preocupados com as próprias escolhas mais fáceis do que em encarar os maiores desafios de suas carreiras.
– Vejo lutadores escolhendo lutas, recusando lutas. O atual campeão, o “bi***” (Michael) Bisping não quer lutar com ninguém, (Chris) Weidman escolhendo lutas, (Luke) Rockhold correndo de lutas, as pessoas dizendo que estão lesionadas. É triste ver o esporte (assim)… Quantas vezes o Chicago Bulls perdeu para o Los Angeles Lakers, e quantas vezes eles ganharam? Nós temos que parar de dizer que é mais quando alguém perde. É parte do esporte. O negócio é competir contra os melhores. Essa é uma das minhas qualidades.
E é justamente por conta do respeito que tem àqueles que buscam seus maiores desafios que Vitor Belfort aceitou enfrentar Kelvin Gastelum em Fortaleza. O lutador americano, assim que venceu Tim Kennedy em dezembro passado, pediu pata enfrentar “O Fenômeno”, destacando sua história no esporte.
Fonte: Combate