Kauan Peruna cursa o 8° ano do ensino fundamental, no Colégio da Polícia Militar de Ilhéus, no sul da Bahia;
Um estudante baiano, de apenas 13 anos, foi aprovado em oito programas de universidades internacionais nas áreas da neurociência, medicina, relações internacionais, psicologia e inteligência artificial.
Kauan Peruna cursa o oitavo ano do Ensino Fundamental no Colégio da Polícia Militar de Ilhéus, no sul da Bahia, e coleciona medalhas pelo bom desempenho na escola, sobretudo em atividades que estimulam o conhecimento científico.
Agora, o ilheense vai poder ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo, pois os programas para os quais ele foi selecionado são voltados para estimular o aprendizado de outros alunos com aparatos tecnológicos.
Nessas iniciativas, os selecionados vão para universidades de renome a fim de estudar por um período de tempo menor do que o de cursos regulares, mas como se fossem universitários. “São programas de verão para estudantes de alta performance, com grandes currículos, boas notas, que estão sempre buscando uma educação melhor”, detalhou.
Kauan é um deles. Entre as instituições que o aceitaram, está a segunda melhor universidade do mundo, a tradicional Cambridge University da Inglaterra. Ele não só conseguiu a vaga, como também ganhou uma bolsa de 50% por causa do mérito acadêmico para estudar neurociência.
Para a família de Kauan aprovações são resultados de muita dedicação do garoto, mas também do apoio dos pais.
Com o inglês intermediário, o garoto tem buscado ampliar o conhecimento na língua dentro de casa, através da internet, dos livros, de plataformas de estudo que ganha ao participar de competições.
O estudante é filho único de Sheila Nascimento, que não esconde o orgulho e é uma grande incentivadora nos estudos.
“Kauan, desde novo, sempre gostou muito de estudar, nunca gostou de tirar nota baixa. Uma vez, quando era mais novo, tirou 8 em uma média e chegou em casa chorando”, lembrou a mãe do menino.
Sheila revelou, inclusive, que precisou trabalhar para melhorar esse comportamento do filho. “Eu falei com ele: ‘Muitas vezes você vai ganhar, outras vai perder e isso é normal”, pontuou.
O pintor Erinaldo Peruna nem chegou a completar o ensino médio, mas nunca mediu esforços para investir na educação do filho. “Se depender do pai dele, vou trabalhar, bater muito rolo, deixar tinta nas paredes, mas ele vai conquistar”, garantiu.
“Eu peço sempre a Deus que antes de Ele me levar, quero vê-lo formado”, afirmou Erinaldo.
O diretor da escola em que Kauan estuda, major Edson Brito Júnior, disse que a instituição se esforça para que os alunos recebam estímulos em ações voltadas para a ciência e a pesquisa.
“Nós temos diversos alunos que são premiados nas olímpiadas que se inscrevem, especialmente na Olímpiada Brasileira de Astronomia, onde quatro asteroides já foram identificados por alunos nossos e estão em fase de certificação”, disse o militar.
Enquanto não chega o momento de ele estudar, de fato, um curso de nível superior, a família do garoto se organiza para ano que vem, ou no máximo em 2025, ele possa viajar para estudar em Boston, pelo programa de pesquisa biomédica, cirúrgica, engenharia e tecnologia.
E quando questionado sobre onde quer chegar, Kauan não hesita.
“Futuramente , desejo estudar no exterior, nas melhores universidades do mundo, como Havard, Cambridge. Quero estudar relações internacionais, biomedicina e alguma área relacionada a pesquisa”, contou.
Fonte: G1/BA