NOVA BAHIA 2024

Advogado cobraria R$ 300 mil pela defesa do acusado que tentou matar o presidente Bolsonaro

A revelação foi feita ao Estado de Minas pelo próprio Zanone. Mas permanecem as dúvidas sobre como quem faria o pagamento.

R$ 300 mil. Este é o valor total apresentado pelo advogado criminalista Zanone Manuel de Oliveira Junior para a defesa de Adelio Bispo de Oliveira, esfaqueador do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), até o a fase final do processo no Supremo Tribunal Federal (STF).

A revelação foi feita ao Estado de Minas pelo próprio Zanone. Mas permanecem as dúvidas sobre como quem faria o pagamento (e como ele seria feito) após mais tres meses do crime (completados nesta quinta-feira). Bolsonaro foi atacado durante um ato de campanha do primeiro turno no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (Zona da Mata). Ainda não se sabe Adelio agiu sozinho ou recebeu ajuda de terceiros.

Continua depois da publicidade

Reportagem publicada pelo site da Revista Veja, nesta quinta-feira, diz que em depoimento sigiloso à Policia Federal, o advogado Zanone Oliveira Junior contou detalhes de como foi contratado para defender o esfaqueador de Bolsonaro.

O texto informa que no depoimento Zanone disse que foi contratado por “um desconhecido”, com o qual se reuniu em seu escritório em Belo Horizonte na manhã de 7 de setembro, e que, na ocasião, o advogado disse que cobrava, em média, R$ 150 mil em honorários.

Mas, segundo o site da revista, o “contratante” achou o valor alto. “O criminalista, então, topou dar um desconto de 83% — e receber R$ 25 mil até a conclusão da investigação da Polícia Federal. “Aquela pessoa aceitou a proposta e pagou inicialmente o valor de R$ 5 mil em dinheiro”, disse Zanone. O restante seria pago em outras parcelas mensais. No entanto, o interessado em ajudar Adélio “desapareceu”, relata a reportagem de “Veja”.

Ouvido pelo Estado de Minas no inicio da noite desta quinta-feira, Zanone Oliveira confirmou o depoimento sigiloso à Policia Federal, que, segundo ele, ocorreu há cerca de um mês.

Ainda conforme Zanone, o contratante “fechou só o inquérito por R$ 25 mil e deu entrada de R$ 5 mil”. As outras parcelas restantes deveriam ser pagas até o fim do inquérito.

SIEL GUINCHOS

Veja também

NOVA BAHIA