Divulgada ontem pelo IBGE, a pesquisa apontou que em 2022, na Bahia, oito em cada 10 pessoas moravam em imóveis próprios, o que corresponde a 79,7% ou 11.240.675 habitantes
Morar na casa própria é um sonho da maioria das famílias, mas nos últimos 20 anos a parcela da população baiana que obteve essa conquista diminuiu. Pelo menos é o que apontam os resultados sobre as características dos Domicílios do Questionário Amostra do Censo Demográfico 2022.
Divulgada ontem pelo IBGE, a pesquisa apontou que em 2022, na Bahia, oito em cada 10 pessoas moravam em imóveis próprios, o que corresponde a 79,7% ou 11.240.675 habitantes. A quantia representa 78,3%, ou 3.983.729 milhões, do total de lares particulares ocupados permanentemente que é 5.088.395.
Apesar de ser maioria, os domicílios próprios vêm perdendo participação no total desde o ano 2000, quando chegaram a representar 81,5% das residências do estado.
Em 2022, a Bahia foi o 6º dos 27 estados com maior número de pessoas morando em domicílios próprios e o 4º maior percentual de pessoas que viviam em domicílios próprios já pagos (74,6%). No Brasil dos 72,5 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados no Brasil em 2022, 71,3% (51,6 milhões) eram próprios, onde moravam 146,9 milhões de pessoas (72,7% do total).
A quitação das casas próprias também é alta na Bahia. Ao contrário de alguns anos atrás, quando muita gente se permanecia sem quitar a moradia da família, em 2022 quase a totalidade delas já estava paga: 3.729.608 ou 73,3% do total, que abrigavam 74,6% dos habitantes do estado (10.515.964 pessoas). Outros 5,0% das residências estavam ainda sendo pagas – nelas moravam 5,1% da população da Bahia (724.710 pessoas).
Todos 417 municípios baianos tinham a maioria da população em domicílios próprios, sendo que, em 355 cidades (85,1% do total), mais de 3/4 das pessoas (ou mais de 75,0%) moravam em residências próprias.
Alugados
Mais duas milhões de pessoas vivem na Bahia em domicílios alugados, conforme constata o levantamento.
“Do total de domicílios analisados, os alugados representavam 15,9% do total (807.323 em números absolutos), onde viviam 14,7% dos habitantes do estado (2.079.370 de pessoas). Já os domicílios cedidos ou emprestados somavam 258.891, representando 5,1% do total, onde viviam 4,8% da população baiana (681.891). Dentre estes, a grande maioria era de domicílios cedidos por familiares (484.057 ou 3,4% de todas residências baianas)”, informou o IBGE em nota para imprensa.
Enquanto no Brasil, os domicílios alugados somavam 16,1 milhões (22,2% do total), onde moravam 42,2 milhões de pessoas (20,9% do total de moradores), o estado baiano por sua vez, o 6º menor percentual de pessoas que moravam em domicílios alugados (14,7%) e o 3º menor percentual de pessoas morando em domicílios cedidos (4,8%).
A amostra de 2022 apontou, ainda, que havia no país 4,1 milhões de domicílios cedidos ou emprestados (5,7% do total), onde viviam 5,6% da população brasileira (11,4 milhões). Já a proporção de domicílios alugados caiu entre 1980 (12,8%) e 2000 (9,2%), mas começou a aumentar em 2010 (foi a 13,5%) e seguiu em alta em 2022, atingindo seu maior patamar em 42 anos (15,9%).
Em 2022, segundo o Censo, os estados com os maiores percentuais de população em domicílios próprios eram Maranhão (84,0%), Piauí (83,9%) e Acre (81,1%). Distrito Federal (30,1%), Goiás (26,8%) e Mato Grosso (26,2%) lideravam em proporção de moradores de domicílios alugados. Mato Grosso do Sul (8,8%), Rondônia (8,6%) e Tocantins (8,1%) tinham os maiores percentuais de pessoas vivendo em domicílios cedidos.