Presidente da França ainda criticou união dos partidos de esquerda e extrema-direita
Emmanuel Macron fez um pronunciamento à nação francesa nesta quarta-feira (5). No discurso, o presidente da França disse que não renunciará ao cargo após o seu primeiro-ministro, Michel Barnier, ser derrubado pelo parlamento e criticou a união dos partidos de esquerda e extrema-direita que levou provocou a situação.
“O mandato que [o povo francês] me confiou democraticamente é um mandato de cinco anos e irei exercê-lo integralmente até o fim. Minha responsabilidade exige garantir a continuidade do Estado, o bom funcionamento de nossas instituições, a independência de nosso país e a proteção de todos vocês”, afirmou o mandatário, cujo mandato se encerra em 2027.
Desde que o governo foi derrubado por uma moção de censura, figuras da oposição têm exigido que o presidente renuncie. Macron disse ainda que nomeará um novo primeiro-ministro nos próximos dias.
“Vou pedir que ele [o novo premiê] forme um governo de interesse geral que representa as forças políticas de um arco de governança que possam participar ou, pelo menos, que se comprometam a não censurá-lo”, enfatizou.
Os partidos da esquerda e da extrema-direita franceses se uniram para aprovar uma moção de censura que derrubou o governo na França. A decisão foi tomada após Barnier anunciar que usaria um dispositivo constitucional que permitia ao executivo passar o orçamento de Estado sem a necessidade de um voto na Assembleia a da República.
Tal aliança foi alvo de duras críticas de Macron.
“A extrema direita e a extrema esquerda se uniram em uma frente anti-republicana. Sei que algumas pessoas ficam tentadas a me culpar por esta situação. É muito mais confortável”, reclamou..
“[Esses partidos] Só pensam em uma coisa: nas eleições presidenciais [de 2027], em prepará-las, em provocá-las, em apressá-las”, complementou.