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Venda de carros elétricos no Brasil tem aumento de 146% no primeiro semestre

ABVE espera que 2024 termine com um novo recorde de mais de 150 mil veículos vendidos

Foto: Reprodução / X @Tesla

Dados divulgados pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) em relatório divulgado na quarta-feira (3), revelou que quase 80 mil veículos elétricos leves foram vendidos/emplacados no primeiro semestre deste ano, um salto de 146% na comparação com o mesmo período no ano passado.

Em matéria a Folha de São Paulo apura que, apenas em de junho, foram 14.396 emplacamentos, o terceiro melhor mês da série histórica, uma alta de 131% em relação a junho de 2023. Com isso, o segmento encerrou o primeiro semestre com 79.304 veículos leves eletrificados vendidos no Brasil. A estimativa é que estejam circulando no país cerca de 300 mil carros elétricos leves, de acordo com a associação.

“Os números de junho e do primeiro semestre confirmam o excelente momento da eletromobilidade no Brasil, mas temos de ficar atentos aos perigos de retrocesso na rota de descarbonização e eficiência energética da matriz brasileira de transporte”, disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

A expectativa da ABVE é que 2024 termine com um novo recorde de mais de 150 mil veículos eletrificados vendidos no ano, ante 93.927 em 2023. Os eletrificados incluem todas as tecnologias: BEV 100% elétricos, PHEV híbridos elétricos plug-in, HEV flex e a gasolina (não plug-in) e os micro-híbridos MHEV, com baixo grau de eletrificação. Na semana passada, a indústria tradicional de automóveis formalizou um pedido para que o governo adotasse uma alíquota de 35% para elétricos importados, devido à entrada em massa desse tipo de carro no mercado nacional.

“Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo governo federal somente para julho de 2026. Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo”, finalizou Bastos.

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