Termômetros marcaram 20,96ºC entre o final de julho e o começo de agosto; mudança coloca em risco espécies marinhas como peixes e baleias
Dados do observatório Copernicus, uma agência de mudanças climáticas da União Europeia, mostrou que os oceanos atingiram temperatura recorde – as mais alta já registrada. Foi registrado 20,96ºC essa semana, batendo um a valor anterior, que tinha sido registrado em 2016. Segundo o porta-voz Copernicus, as altas temperaturas dos oceanos foi atingido em 30 de julho. A temperatura está bem acima da média para esta época do ano. Essa mudança acionou o alerta no planeta, uma vez que os oceanos são fundamentais para o clima do planeta. Isso porque são eles que absorvem o calor, produzem metade do oxigênio da Terra e controlam os padrões climáticos. Essas altas temperaturas do oceano, com as que tem sido registradas em várias partes do mundo, colocar em risco espécies marinhas como peixes e baleias que migram para águas mais frias, alterando a cadeia alimentar marítima, o que pode fazer com que os predadores, como os tubarões, possam ficar mais agressivos porque ficam confusos em temperaturas mais altas. Essas mudanças também podem afetar os estoques de peixes.
Cientistas ouvidos pela ‘BBC’, mostram que as mudanças climáticas estão diretamente ligadas ao aquecimento dos oceanos, porque os mares estão absorvendo a maior parte do aquecimento das emissões de gases de efeito estufa. Em entrevista ao jornal britânico, Matt Frost, do Plymouth Marine Lab, no Reino Unido, falou que “estamos colocando os oceanos sob mais estresse do que em qualquer outro momento da história”, principalmente quando levado em consideração que quando o recorde anterior tinha acontecido quando a flutuação natural do clima El Niño – fenômeno que ocorre quando a água quente sobe à superfície na costa oeste da América do Sul, elevando as temperaturas globais – estava em pleno andamento e em seu ponto mais forte. Apesar do novo El Niño ter começa, os cientistas dizem que ele ainda é fraco, o que indica que as temperaturas dos oceanos, que já estão altas, devem ficar acima da média nos próximos meses.