Segundo aliados de Lula no agro, o presidente eleito quer reposicionar a produção brasileira no mercado internacional
Setor em que houve reduzido apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha, o agronegócio brasileiro terá uma nova política de abastecimento e crédito, que começará a ser desenhada nos primeiros dias do novo governo.
Entre as medidas em estudo na equipe de transição para reaproximar Lula de um setor que responde por mais de um quarto do PIB do país, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), estão juros menores para agricultores com produção ambientalmente sustentável e a retomada dos estoques reguladores de alimentos, usados pelo setor público para calibrar preços e até combater a inflação.
Segundo aliados de Lula no agro, o presidente eleito quer reposicionar a produção brasileira no mercado internacional, ampliando os destinos das exportações e aumentando o valor agregado de produtos enviados a parceiros tradicionais, como China, Europa e países árabes.
Maior importador da soja brasileira, a China está com estoques baixos e há informações de que já encomenda farelo de soja do Brasil, que não era significativo no comércio bilateral até agora. A adoção de uma nova política de garantia de preços mínimos ao produtor permitiria uma ação balizadora da oferta de itens, com o governo incentivando ou desestimulando a produção.