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Jerônimo quer tocar projetos que reconfiguram a economia baiana

Jerônimo já sabe qual é a continuidade pretendida – Foto: Rafaela Araújo | Ag. A TARDE

Pelo que Jerônimo Rodrigues fala, a era do PT na Bahia vai ter facetas bem distintas, a de Jaques Wagner, a de Rui Costa e a dele. E também já deu o tom: quer a continuidade, o continuísmo, não.

Jerônimo já sabe qual é a continuidade pretendida: tocar a ponte Salvador-Itaparica, reabilitar o Estaleiro de São Roque do Paraguaçu, concluir a Fiol e o Porto Sul e, também, algo de fundamental importância no contexto: abrir caminhos para a instalação das linhas de transmissão da energia gerada pelos parques eólicos e fotovoltáicos.

Essa questão, a da energia, é fundamental. Nos quatro cantos da Bahia, grandes e pequenos queixam-se que não têm como puxar água. Mais que isso: teve gente que já ganhou na justiça o direito de fazer ‘gato’, a ligação por conta própria.

Conectividade —A linha traçada reconfigura completamente a economia baiana, hoje com mais de 80% do PIB concentrado em Salvador e Região Metropolitana. O oeste, com a produção agrícola, e a mineral, a começar pelo ferro da Bamin, em Caetité, a desaguar no Porto Sul, em Ilhéus.

Para além disso, a CBPM realiza pesquisas ao longo de toda Fiol, 100 km na banda norte e 100 km da banda sul. A ferrovia é a garantia de transporte para a produção mineral em laga escala.

Completando o ciclo, tem a ponte Salvador-Itaparica, que vai tornar a viagem entre Salvador e Ilheús, pelo litoral, uma conexão tão mais rápida quanto aprazível. Jerônimo andará por aí. Oxalá ele consiga uma boa caminhada. É bom para a Bahia.

Sindipetro pede a Lula para barrar a venda do Bahia Terra

Embora tenha conquistado na justiça, em decisão da semana passada, o direito de prosseguir com as negociações para a venda do Campo Bahia Terra, a Petrobras pode ter que recuar.

O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro) pediu à direção da Petrobras que pare as negociações até o novo governo chegar. E à equipe de transição de Lula que cancele a venda. 

Diz Radiovaldo Costa, diretor de comunicação do Sindipetro, que o Bahia Terra envolvendo os campos de Bálsamo (Esplanada), Araçás (Araçás), Buracica (Alagoinhas), Imbé (Salvador), Taquipe (São Sebastião do Passé) e Santiago (Catu), produzindo 11 mil barris por dia, é o único ativo da Petrobras na Bahia.

— Este ano a Petrobras completa 70 anos. Justo na Bahia, onde ela começou, vai festejar aniversário nos  virando as costas? Fica mal.

Os três que querem o TCM

Embora a Assembleia ainda nada tenha feito de oficial para ocupar a vaga de Raimundo Moreira no TCM, o interesse pela cobiçada vaga está mais visível.

Três nomes se lançaram no páreo: o deputado Fabrício Falcão (PCdoB), agora reeleito, o também deputado Alex Lima (PSB), que não disputou a reeleição por problemas de saúde, e Marcelo Nilo, que mudou para o lado de ACM Neto e acabou sem mandato.

Jacobina e o ouro do qual fica mais medo que brilho

Sempre atraindo gente por ter muito ouro debaixo do chão, Jacobina ou a Cidade do Ouro, como chamam, a vida inteira conviveu com a exploração do minério (sem ver a cara), mas depois do acidente de Brumadinho, em janeiro de 2019, passou também a ter preocupações com a barragem de rejeitos da Yamana Gold, que faz a exploração lá.

De uns tempos para cá a Yamana colocou alarmes em pontos estratégicos da cidade. E já realizou duas simulações de evacuação, a última delas, no início de setembro, mas segundo  Norma Sueli Leite Passos, pecuarista e moradora da cidade, não convenceu muito não.

— Na simulação a bagunça foi tanta que se fosse acidente de verdade ia morrer todo mundo.

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