Com faixa de 15 metros nos Arcos da Lapa, no Rio, religiosos contextualizam a mensagem bíblica à realidade com Bolsonaro. Seu governo trouxe o Brasil de volta ao Mapa da fome, contribuiu com a morte de mais de 688 mil pessoas pela má gestão da pandemia e ainda armou o país
“Sem nenhum interesse pela vida, fica muito clara a postura apocalíptica de seu governo”, disse Thales Freitas, historiador e coordenador de pesquisa do coletivo evangélico Esperançar.
Os grupos religiosos alertam também para os riscos de a reeleição de Bolsonaro aumentar as perseguições religiosas a cristãos que não o apoiam. E a fiéis de outras religiões, especialmente de matrizes africanas. “Vejo com extrema preocupação a instrumentalização da fé e das Igrejas desde que Bolsonaro assumiu o poder. Muitos pastores não estão pedindo somente o voto, estão pedindo adoração a Bolsonaro – crescem os casos de cristãos que são ameaçados ou expulsos das igrejas por causa de seus posicionamentos políticos”, disse Freitas.
São Paulo – Em ato de alerta aos riscos da reeleição de Jair Bolsonaro (PL), grupos de religiosos progressistas penduraram uma faixa com 15 metros de comprimento nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, na noite dessa quinta-feira (27). Com os dizeres “Bolsonaro é a fome, a guerra, a peste e a morte. Leia Apocalipse 6:8”, os grupos chamam atenção para o cenário apocalíptico relatado no trecho da Bíblia e o comparam à gestão do atual presidente que trouxe o país de volta ao mapa da fome da ONU, a má gestão da pandemia de covid, que já matou no Brasil mais de 688 mil pessoas. E também às políticas para facilitar o acesso às armas, que colocou ainda mais munição nas mãos do crime organizado e levou mais armas para dentro das residências, com fácil acesso até às crianças.