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Apesar da evolução em pé, Rodolfo Vieira promete dar prioridade ao jiu-jitsu no UFC

Assim que Rodolfo Vieira decidiu migrar para o MMA, em 2017, existia a expectativa de como seriam suas atuações e se ele conseguiria impor seu jiu-jitsu, modalidade na qual é multicampeão. Até então, o lutador não tem decepcionado, com seis vitórias, sendo cinco por finalização – a última delas aconteceu em sua estreia no UFC, em triunfo sobre Oskar Piechota. Para seu próximo compromisso, no dia 7 de março, no UFC 248, diante do russo Saparbek Safarov, o faixa-preta afirmou que não teme a possibilidade de seu rival tentar evitar o jogo de solo e prometeu foco total no jiu-jitsu.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o carioca afirmou que se sente lisonjeado por ser apontado como um dos grandes nomes do jiu-jitsu no Ultimate. Com pouco tempo de MMA, o lutador destacou que está trabalhando na sua evolução como atleta, mas admitiu que, mesmo quando se tornar melhor em outros aspectos do combate, nunca vai deixar de lado sua especialidade e buscará colocar em prática seu jogo de solo.

“Me sinto muito honrado de representar essa arte maravilhosa. Espero poder fazer um bom trabalho, assim como os outros têm feito. O jiu-jitsu sempre vai ser minha prioridade, meu carro-chefe e onde sou mais forte. Quando eu puder levar para essa área, eu vou levar. Não é segredo. Mas quero me tornar um lutador completo. Quero melhorar minhas quedas e ficar bem a parte em pé. Só que o jiu-jitsu sempre vai prevalecer”, disse.

Para sua segunda luta no Ultimate, Rodolfo revelou que tinha feito um pedido para seu empresário para tentar uma vaga no UFC Brasília, mas recebeu a negativa e a notícia que faria seu debute em um card numerado, que contará com a disputa do cinturão peso-palha (52 kg) entre Zhang Weili e Joanna Jedrzejczyk como uma das principais lutas. Mas para manter seu bom momento, o brasileiro precisa passar por Saparbek Safarov, que anteriormente estava na categoria dos meio-pesados (93 kg) e fará sua estreia no peso-médio (84 kg).

“Ele é um cara perigoso, duro demais, vem da categoria de cima. Ele aparenta ser muito forte. Vai ser a primeira luta dele no peso-médio, mas se você está no UFC, não tem que esperar uma luta fácil. Já estava preparado para isso desde antes de entrar no Ultimate. Sabia que quando entrasse, estaria pronto. Estou treinando bem, mantendo aquele ritmo que estava em 2019 e no dia 7 vou estar preparado para fazer uma boa luta”, revelou o faixa-preta de jiu-jitsu, que admitiu que mira realizar de dois a três combates em 2020.

A primeira luta no UFC costuma gerar um nervosismo e ansiedade para a maioria dos competidores. Não foi diferente com Rodolfo. Mas passada a estreia, a expectativa é que o atleta se acostume a entrar no octógono. Mas Rodolfo tem uma outra mentalidade sobre isso, que segundo ele, leva desde os tempos de jiu-jitsu.

“Passou esse nervosismo de estreia, mas ele sempre está comigo. Estou mais ou menos acostumado com ele. Toda luta a mesma coisa. No jiu-jitsu era assim e acredito que no MMA também vai ser até eu me aposentar (risos). Até hoje eu me vejo dentro do UFC e acho estranho. A ficha já caiu sim, mas ainda é estranho para mim me ver sendo atleta. Fico feliz quando lembro que sou”, completou o brasileiro de 30 anos.

No seu debute no UFC, Rodolfo Vieira finalizou Oskar Piechota, no UFC Uruguai, em agosto de 2019, no segundo round. Já seu adversário teve a última apresentação em março de 2019, quando bateu Nicolae Negumereanu.

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