Evitar a obesidade e fazer exercícios físicos ajudam a retardar o envelhecimento, de acordo com o médico de família Marcelo Levites, coordenador do Centro de Longevidade do Hospital Nove de Julho, em São Paulo.
Ele explica que estudos já demonstraram que dietas com restrição calórica, que por consequência evitam a obesidade, retardam o envelhecimento. No entanto, ele ressalta que essa restrição pode apresentar riscos se não realizada com orientação de uma nutricionista e acompanhamento médico.
“Uma dieta de baixas calorias, na verdade, se refere a uma dieta balanceada com menos carboidratos e mais proteínas e vegetais. Esse tipo de dieta realmente adia o processo de envelhecimento. A obesidade implica uma série de doenças que diminui a longevidade e atrapalha a autonomia em idade mais avançada”, explica.
Segundo Levites, a atividade física também tem papel fundamental no prolongamento da juventude – tanto o exercício aeróbico, como corrida e bicicleta, quanto o anaeróbico, como pilates e musculação. “Evitam doenças associadas ao envelhecimento”, explica.
A atividade aeróbica fortalece o coração, aumenta o colesterol bom que ajuda a reduzir o ruim, contribuindo para a diminuição do risco de problemas cardiovasculares, como infarto e AVC. Também reduz a chance de doenças metabólicas, como o diabetes.
Além disso, estimula a produção de endorfina, substância produzida pelo cérebro ligada à sensação de bem estar. “A endorfina produzida pelo exercício aumenta o apetite pela vida”, diz.
Já o anaeróbico leva ao ganho de músculos, o que ajuda na autonomia. “Músculos são dias de vida. Você mantém sua autonomia. Consegue subir e descer escada, ter mais mobilidade. Consegue chegar aos 80 com condição de vida melhor para fazer suas atividades”.
Ele destaca que é preciso tomar cuidado em não exagerar nos exercícios para não ter lesão ortopédica. “Se não acaba trocando o cardiologista pelo ortopedista. O melhor é não precisar de médico”, afirma.
Segundo ele, o ideal é fazer atividade física com orientação de um educador físico e coordenação médica. “Senão a pessoa pode optar por fazer caminhada, por exemplo, sendo que tem artrose, então, nesse caso o mais adequado seria a natação”, exemplifica.
Por outro lado, ele frisa que “é melhor fazer exercício por conta própria do que não fazer nada”. “Mas, em geral, se não tiver um planejamento com orientação é difícil sair do lugar”, pondera.
A reposição hormonal não altera o processo de envelhecimento nem influencia a longevidade, de acordo com Levites.
“Alguns homens acham que vão ficar mais dispostos, ter mais atração sexual, se fizerem reposição de testosterona. Isso não é verdade. A reposição hormonal só é indicada em casos específicos, como baixa taxa de testosterona”, afirma.
PORTAL SBN | Com informações do Portal R7.