A China é o principal destino das exportações brasileiras, segundo o Indicador de Comércio Exterior (Icomex), da Fundação Getulio Vargas (FGV), com 27,8% dos produtos exportados pelo Brasil. A diferença para o segundo colocado, os Estados Unidos, ficou em 14,7 pontos percentuais. A participação da China no comércio exterior brasileiro supera até a do bloco da União Europeia, que soma 16,3%. Os dados foram divulgados hoje (13).
A recessão na Argentina influenciou o percentual de 4,4% daquele país. Esse resultado é o segundo menor na série histórica, que começou em 2000. O outro desempenho desfavorável foi em 2002. Com queda no PIB de 10,9%, a participação da Argentina nas exportações brasileiras ficou em 3,8%.
O indicador, que calcula de forma mais detalhada o nível de atividade dos setores produtivos, analisa dados da Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e da Argentina. Além desses países, que compõem o grupo Demais da América do Sul, o Icomex inclui informações da China, dos Estados Unidos e da União Europeia. De acordo com a FGV, esses países/regiões somam 69,6% das exportações totais brasileiras no acumulado do ano até outubro. No mesmo período as importações representaram 66,9%.
Balança comercial
O Icomex indica que os superávits da balança comercial do Brasil são influenciados pelo comércio exterior com a China. No acumulado até outubro, o saldo da balança somou US$ 34,9 bilhões. Só com a China, foi US$ 21,4 bilhões. O grupo Demais da América do Sul teve saldo de US$ 6,4 bilhões e a União Europeia de US$ 2 bilhões.
Apesar de ser o principal mercado das compras externas brasileiras, a diferença dos percentuais nas importações da China no mês é menor em relação aos Estados Unidos e a União Europeia. No caso da América do Sul, a diferença é de 8,6 pontos percentuais.