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Gás de cozinha: Petrobras tem preço mais caro que o internacional

Com reajuste de maio, combustível custa até R$ 8 a mais por botijão; preço acima das cotações internacionais ocorre desde 2018

A Petrobras vende gás de cozinha por um preço acima das cotações internacionais, medida cuja finalidade é tentar recuperar as perdas obtidas no final de 2018.

Segundo o Sindigás (Sindicato que representa as distribuidoras de combustível), o produto vendido para envase nos botijões de 13 quilos – mais consumidos em residências – custava, em abril, R$ 2,01 por quilo (ou R$ 26,13 por botijão), enquanto a cotação internacional era equivalente a R$ 1,89 por quilo.

No caso do gás para outros vasilhames, o preço local era ainda superior, R$ 2,28 por quilo em abril. A diferença aumentou em maio, após reajuste de 3,4% no início do mês.

No principal ponto de importação, o porto de Suape, o gás custava até R$ 8 a mais por botijão, de acordo com os dados do Sindigás. Os reajustes no preço do GLP (gás liquefeito de petróleo, como é chamado o gás de cozinha) são trimestrais e consideram médias de preço internacional e do câmbio em trimestres anteriores.

Por isso, segundo especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo, não acompanham tão de perto o mercado internacional, como a gasolina e o diesel, por exemplo.

Entre março e novembro de 2018, a estatal vendeu o produto destinado a botijões de 13 quilos abaixo das cotações internacionais. A situação se inverteu após reajuste de 8,5% promovido em novembro, em um momento de queda nas cotações internacionais do petróleo.

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