A pena prevista, caso seja condenado, pode chegar a 22 anos de prisão.
O processo do triplex do Guarujá (SP) é apenas uma das contas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a acertar com a Justiça. O herói do povo brasileiro responde a 5 ações penais como réu da Justiça Federal por supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e obstrução judicial.
Desses, 4 são relacionados com a Operação Lava Jato. Na quarta-feira, 10 de maio de 2017, Lula – o líder máximo do PT – foi interrogado pela primeira vez pelo juiz federal Sérgio Fernando Moro, titular da 13ª Vara Federal, em Curitiba – origem da Lava Jato. Réu por suposto recebimento de R$ 3,7 milhões em propinas da construtora OAS, Lula é acusado nessa ação penal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A pena prevista, caso seja condenado, pode chegar a 22 anos de prisão. Foram quase 5 horas de interrogatório, a maior parte, tomada por perguntas feitas por Moro. Lula negou ser dono do triplex, cobrou provas como o registro formal de propriedade da cobertura do Edifício Solarias, na praia das Astúrias, confessou ter buscado réus da Lava Jato para questionar sobre provas de corrupção e disse não ter responsabilidade alguma sobre os ilícitos revelados no escândalo Petrobrás.
O petista já foi interrogado como réu em dois desses processos: o primeiro a ser aberto, na Justiça Federal do Distrito Federal, em que foi acusado após a Lava Jato prender o ex-senador Delcídio Amaral, que tentava comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-Petrobrás, e na ação do triplex, por Moro. Lula ainda tem que responder na Lava Jato pelos supostos crimes que teria praticado ao receber R$ 12 milhões em propinas da Odebrecht na compra de um terreno para o Instituto Lula e de um apartamento, onde mora.
Tem ainda que responder por crimes em negócios em Angola, que teria beneficiado familiares, numa ação decorrente da Lava Jato, da Operação Janus. Ele ainda é acusado por favorecer empresas na compra de caças pela Força Aérea Brasileira, também com propinas supostamente pagas ao filho.
Fonte: Estadão Conteúdo