No dia em que foi eleito, Rogério Caboclo disse que, nos últimos anos, “a CBF mudou de patamar e se tornou uma grande empresa privada”. E não há como negar que os negócios na sede da Barra da Tijuca, no Rio, vão bem. No balanço de 2017, o último divulgado, a entidade informou receita bruta de R$ 544,472 milhões. O “grosso” vem de uma única fonte: a seleção brasileira.
Patrocínios, direitos comerciais e de transmissão, bilheteria dos jogos e premiações ligadas à seleção representaram 96% do total de receitas. O patrocínio é o carro-chefe: na temporada de 2017, rendeu R$ 353,3 milhões, ou 65% do bolo.
Com política agressiva de exposição, a CBF tem atualmente 11 patrocinadores. Nem mesmo em momentos de crise ou de mau desempenho do time a fonte secou. É fato que alguns parceiros debandaram – oficialmente por fim de contrato e novos focos. Mas foram rapidamente substituídos. Somente este ano, a entidade fechou dois novos contratos, com empresas do mesmo ramo das que saíram: uma do setor eletroeletrônico, em janeiro, e outra montadora, em março.
Apesar do contrato que dá a uma empresa britânica o poder de organizar e vender direitos de transmissão de amistosos no exterior, cujo acordo só termina em 2022, os jogos do time comandado por Tite ajudam a rechear os cofres. A entidade recebe no mínimo US$ 2 milhões (R$ 7,7 milhões) por duelo, segundo fontes do mercado.
A CBF terminou 2017 com superávit de R$ 50,7 milhões e com R$ 353,5 milhões em aplicações financeiras. O balanço de 2018 será publicado em breve e a tendência é de números melhores, pois no ano passado as receitas foram “incentivadas” pela Copa da Rússia.
Fonte: Estadão