Henzo Matheus Pinto Elias tinha apenas 10 meses. O Ministério Público investiga o caso.
A morte de um bebê de 10 meses, que aconteceu neste domingo (8), está sendo investigada pelo Ministério Público do Amazonas. O caso ocorreu no Hospital Público de Santo Antônio do Içá, município a 881 quilômetros de Manaus.
O médico, que não tem registro no Conselho Regional de Medicina, prescreveu uma dosagem dez vezes maior de um medicamento para alergia.
O bebê, chamado Henzo Matheus Pinto Elias, foi levado ao hospital de Santo Antônio do Içá porque estava com febre e vomitando. Na receita, foi recomendado o uso de 25 miligramas de prometazina.
– Meu filho já estava muito doente depois de dois dias, com essa super dosagem, essa overdose no seu corpo. Ele (o médico) me chamou em particular, pediu a receita. Eu mostrei uma cópia e ele pegou uma caneta e acrescentou um ponto (entre o 2 e o 5). Disse, “eu errei aqui”. Eu fiquei me perguntando, será que ele quis anular a prova? – contou o pai do bebê, Rômulo Souza, ao portal G1.
A criança foi transferida para o Hospital do Exército no dia 4 de julho, mas não resistiu e morreu. Na certidão de óbito, a causa da morte foi registrada como edema cerebral e hemorragia intracraniana.
– Vai ser averiguado pelo promotor se o gestor agiu sabendo desse caso. Ele poderá ser responsabilizado também, porque é dever do gestor, do prefeito, ver se o médico que ele contrata tem as condições para atuar, que é o CRM. Jamais podem cometer esse erro. Além do mais, o Município pode sofrer uma ação de indenização por dano moral – afirmou o promotor de Justiça Carlos Firmino ao site.