As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador (RMS) diminuiu, ao passar de 25,7% para 25,2% da População Economicamente Ativa (PEA), entre março e abril de 2018. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto reduziu de 18,7% para 18,1%, e a taxa de desemprego oculto passou de 7,0% para 7,1%.
O contingente de desempregados foi estimado em 508 mil pessoas (5 mil a menos em relação ao mês anterior). Este resultado decorreu do aumento do nível de ocupação (1,7%, ou mais 25 mil postos de trabalho), em número superior ao crescimento da PEA (1,0%, ou entrada de 20 mil pessoas na força de trabalho da região) A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – elevou-se, ao passar de 58,6%, em março, para 59,1%, em abril.
No mês de abril, o contingente de ocupados aumentou 1,7%, passando a ser estimado em 1.509 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve crescimento no número de ocupados apenas nos Serviços (3,8% ou 35 mil), e declínio no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,3% ou -7 mil pessoas), na Indústria de transformação (-1,8% ou -2 mil) e relativa estabilidade na Construção (-0,9% ou -1 mil).
Segundo posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados aumentou (3,0% ou 28 mil), devido à elevação no setor privado (1,8% ou 15 mil) e no setor público (11,7% ou 13 mil). No setor privado, cresceu o número de empregados com carteira de trabalho assinada (2,1%, ou 15 mil), enquanto não variou o daqueles sem registro em carteira. Houve, ainda, aumento no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (3,1% ou 3 mil), relativa estabilidade no número de empregados domésticos (0,9% ou 1 mil), e redução no de trabalhadores autônomos (-2,0% ou -7 mil).
Entre fevereiro e março de 2018, houve pequena retração no rendimento médio real dos ocupados (1,1%) e dos assalariados (0,9%). Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.354 e R$ 1.467, respectivamente. A massa de rendimentos reais diminuiu para os ocupados (-1,7%) e para os assalariados (-2,3%). No caso dos ocupados, o resultado negativo foi devido ao declínio do rendimento médio real e, em menor proporção, do nível de ocupação. Entre os assalariados, o resultado decorreu da retração no salário médio e no nível de emprego, em proporções semelhantes.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.
O contingente de desempregados elevou-se em 52 mil pessoas. Tal comportamento deveu-se ao aumento insuficiente do número de ocupações (geração de 59 mil postos de trabalho, ou 4,1%) para absorver o crescimento da População Economicamente Ativa − PEA (111 mil pessoas ingressaram na força de trabalho da região, ou 5,8%). A taxa de participação aumentou de 56,9% para 59,1%.
Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou em 4,1%, ao passar de 1.450 mil para 1.509 mil pessoas. Setorialmente, esse resultado decorreu da expansão do nível de ocupação no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (5,8% ou 16 mil), na Indústria de transformação (5,7%, ou 6 mil) e nos Serviços (2,9%, ou 27 mil), já que a Construção permaneceu estável.
Segundo posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado ficou praticamente estável (0,3% ou 3 mil), resultado da relativa estabilidade tanto no setor privado (0,2% ou 2 mil) quanto no setor público (0,8% ou 1 mil). No setor privado, reduziu-se o número de assalariados com carteira assinada (-2,3% ou -17 mil), enquanto elevou-se o contingente de trabalhadores sem registro em carteira (19,0% ou 19 mil). Aumentou o contingente de trabalhadores autônomos (16,6% ou 48 mil), de empregados domésticos (4,5% ou 5 mil) e o do agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (3,1% ou 3 mil).