O empresário Ricardo Peixoto, preso com cinco toneladas de suplementos alimentares clandestinos na Operação Hedonikos, da Polícia Federal em outubro de 2017, foi condenado a 16 anos de prisão. Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), a decisão foi do dia 27 de março e publicada no Diário Oficial da Justiça Federal na terça-feira (3).
Ricardo Peixoto também é acusado de abrir contas bancárias e obter empréstimos fraudulentos com a utilização de documentos falsos na Caixa Econômica Federal e em outras instituições financeiras, que não tiveram os nomes revelados. O débito que ele possui com a Caixa ultrapassa R$ 6,5 milhões.
A investigação constatou que o empresário obteve a alteração do nome para Ricardo Peixoto Silva, em virtude de decisão judicial de reconhecimento de paternidade, e passou a utilizar o nome antigo, Ricardo Ribeiro Peixoto, para cometer diversas fraudes.
As fraudes vão desde a abertura de contas bancárias em instituições financeiras, à constituição de empresas, tudo com o nome, CPF e RG já inativos, tendo como consequência a inadimplência perante os bancos e não pagamento de tributos das empresas.
Além disso, Ricardo é acusado de atuar na fabricação clandestina de suplementos alimentares, que eram distribuídos para toda a região Nordeste.
As investigações também apontaram que diversas empresas de Ricardo com a utilização de “laranjas” atuavam na fabricação e venda ilegal dos suplementos, que eram produzidos sem qualquer autorização dos órgãos de vigilância sanitária competentes.
Os suplementos também distribuídos através de lojas em Feira de Santana e Salvador, além das demais lojas do ramo em todo o nordeste brasileiro.