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Vírus da febre amarela sofreu diversas mutações genéticas inéditas, aponta Fiocruz

Variações inéditas no genoma do vírus da febre amarela foram encontradas por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O sequenciamento completo do genoma do vírus responsável pela febre amarela foi finalizado e, a partir da análise, as variações foram encontradas.

De acordo com o G1, não há registro dessas mutações na literatura científica mundial. A vacina ofertada atualmente protege contra diferentes genótipos do vírus, como o sul americano e o africano. A alteração detectada não afeta a proteína do vírus, que são utilizadas no funcionamento da vacina.

Duas amostras de macacos bugios do Espirito Santo foram utilizados para o sequenciamento do genoma. “Os bugios são especialmente importantes nas investigações sobre a febre amarela por serem considerados ‘sentinelas’: como são muito vulneráveis ao vírus, estão entre os primeiros a morrer quando afetados pela doença. Além disso, estes animais amplificam eficientemente o vírus em seu organismo”, afirmou Ricardo Lourenço, veterinário e entomologista. O vírus que estava causando o surto de febre amarela no país pertence ao subtipo genético conhecido como linhagem Sul Americana 1E.

As alterações detectadas são associadas a proteínas envolvidas na replicação viral. Os resultados foram encaminhados ao Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, além de para pesquisadores da Itália, Estados Unidos e Inglaterra. Os impactos da descoberta ainda estão sendo investigados. Mais amostras serão sequenciadas.

 

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