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Trump admite possibilidade de abandonar negociações sobre conflito na Ucrânia

Trump admite possibilidade de abandonar negociações sobre conflito na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou neste domingo (4) que poderá, em algum momento, decidir se retirar das conversas sobre a resolução do conflito na Ucrânia.

“Chegará um momento em que direi: tudo bem, continuem, continuem agindo de forma estúpida […] esse momento pode chegar”, declarou Trump em entrevista ao canal de televisão NBC News ao comentar a possibilidade de abandonar o processo de paz.

No dia 29 de abril, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, já havia alertado que os EUA poderiam se retirar do papel de mediadores, caso não houvesse avanços concretos rumo à paz.

O vice-presidente JD Vance declarou que Washington buscará, nos próximos 100 dias, promover o início de negociações diretas entre os envolvidos.

No fim de janeiro, o presidente Vladimir Putin afirmou estar disposto a designar representantes para negociar com Vladimir Zelensky, caso o líder ucraniano aceite participar do diálogo.

Putin destacou, no entanto, que qualquer negociação realizada neste momento seria ilegítima, uma vez que está em vigor um decreto assinado por Zelensky em outubro de 2022 proibindo conversas com o presidente russo.

Em abril, durante encontro com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, Putin reiterou que a Rússia está pronta para negociar com a Ucrânia, sem pré-condições.

A Rússia lançou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos.

As autoridades da Ucrânia negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e de expansão imperialista.

A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu o território russo e iniciou uma ocupação limitada. Diversos países, especialmente da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), forneceram assistência militar e financeira para a Ucrânia e implementaram sanções contra a Rússia. Irã e Coreia do Norte auxiliaram em diferentes níveis as Forças Armadas da Rússia.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana (com Sputnik).

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