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‘Se eu perdesse a eleição não estaria tentando compor agora’, diz líder do governo sobre conversas com PP

Líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Rosemberg Pinto (PT)

Líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) afirmou que tem dialogado individualmente com os parlamentares do PP que irão integrar a próxima legislatura que se inicia em fevereiro. O petista descartou, entretanto, que os pepistas ocupem espaços a curto prazo na gestão de Jerônimo Rodrigues (PT).

“Estou falando isso por mim, e não é uma posição de governo, mas se eu perdesse a eleição não estaria tentando compor agora. Acho que não caberia. O momento é do governo se formar ao lado daqueles que ajudaram na eleição. Eu, se estivesse na oposição, tocaria minha vida e aguardaria, mantendo o diálogo”, disse Rosemberg.

O petista admitiu, no entanto, que no futuro o governo Jerônimo pode abrir as portas ao PP, o que vai depender do avanço das conversas com os deputados e o próprio partido. “Lá na frente podem surgir oportunidades. O PP mesmo passou a fazer parte do governo quando houve o rompimento com o MDB, lá no passado. Faz parte da política. Tem que dar tempo ao tempo”.

Rosemberg Pinto contou que tem tido conversas individuais com os deputados estaduais do PP. “As feridas irão cicatrizar com o tempo. E, certamente, vamos precisar do PP em alguma votação. Para isso, contamos com a disposição desses parlamentares em ajudar a Bahia. Acho que não teremos dificuldades em dialogar, porque eles têm se colocados como independentes. Não acredito que farão uma oposição sistemática”.

O PP reelegeu quatro deputados na Assembleia: Niltinho, Nelson Leal, Eduardo Salles e Antonio Henrique. Além disso, elegeu pela primeira vez Hassan de Zé Cocá e Felipe Duarte. Caso os pepistas votem com a oposição, o governo poderá ter dificuldades em aprovar proposições que exijam quórum qualificado, a exemplo de emenda à Constituição. A bancada da sigla deve se reunir no final de janeiro para tomar uma decisão. Mas é fato que a maioria deseja integrar o governo.

Além do PP, estiveram na oposição nas eleições do ano passado o União Brasil (dez parlamentares), PSDB (três), Republicanos (três), PDT (um), PL (três) e Solidariedade (dois). Entretanto, isso não significa que os parlamentares eleitos ou reeleitos por esses partidos continuem na oposição. No PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, o deputado eleito Raimundinho da JR já avisou que vai aderir à base governista.

Fonte: Política Livre

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