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Salários de militares devem subir drasticamente após Reforma da Previdência

Aumento de 75% se deve a adicionais que foram propostos para compensar questões de aposentadoria.

Salários de militares devem subir drasticamente após Reforma da Previdência

A Reforma da Previdência das Forças Armadas ao invés de gerar economia, poderá subir ainda mais os salários dos militares. Os valores podem subir por conta de novos adicionais propostos pelo governo para compensar o fim dos benefícios após a aposentadoria.

O aumento gerado pode chegar em até 75% segundo informações. Um exemplo é o adicional de habilitação que já existe e conta com um benefício de 30% nos altos estudos categoria I. Após a reforma esse percentual deve chegar em 73%.

Através do projeto de lei que reestrutura a carreira militar, haverá também o direito ao adicional de disponibilidade, que contará com 32%, ao cumulá-lo com o adicional de habilitação, o aumento salarial deve chegar em 75%. Mas isso para o alto escalão, pois no caso de cabos e soldados, os salários devem aumentar 17% mesmo com os dois adicionais.

EXEMPLO PRÁTICO

Se a proposta for aprovada, um coronel que ganha hoje R$ 11.451, em 2020 deverá receber um salário já com os adicionais de R$ 20.039,25.

ECONOMIA COM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

É claro que o objetivo da Reforma da Previdência é gerar economia aos cofres públicos, e isso irá acontecer sim com relação aos militares. Estimativas apontam uma economia de R$ 97,3 bilhões em dez anos.

Mas acontece que os adicionais e toda a reestruturação dos salários, fará com que sejam gastos R$ 86,85 bilhões em 10 anos. Ou seja, haverá uma economia com a reforma, mas ela estará bem abaixo das expectativas, ficando em R$ 10,45 bilhões nos próximos 10 anos.

O caso deverá ser analisado pela Câmara dos Deputados, que deve se reunir na próxima terça-feira (22/10) para definir o texto e votar o parecer do relator que é o deputado Vinicius Carvalho.

DIVERGÊNCIAS NA CÂMARA

Muitos deputados defendem que os percentuais sejam iguais para todos após a Reforma da Previdência, mas muitos que estão alinhados ao governo defendem o texto original, onde haverá esse grande percentual de benefícios, conforme a hierarquia dentro dos quartéis.

As negociações seguem firmes e os deputados buscam apoio para seus ideais nesta segunda-feira, antes da votação.

SIEL GUINCHOS

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