Essa seria a primeira vez durante o atual conflito na Ucrânia que Moscou emprega esse tipo de armamento, projetado para carregar ogivas nucleares. Ataque com explosivos convencionais ocorreu contra cidade de Dnipro.
A Ucrânia afirmou que a Rússia lançou nesta quinta-feira (21/11) um míssil balístico intercontinental (conhecido pela sigla ICBM em inglês) contra a cidade de Dnipro. Se confirmado, essa será a primeira vez que tropas russas utilizam esse tipo de armamento ofensivo na guerra de agressão contra Kiev.
Os alvos foram “fábricas e infraestruturas críticas” em Dnipro. Duas pessoas ficaram feridas no ataque.
Um jornal ucraniano afirmou que o ICBM disparado seria um RB-26 Rubezh, que possui um alcance de 5.800 quilômetros e que entrou em serviço nos anos 2010. O míssil foi projetado para carregar ogivas nucleares. A Força Aérea da Ucrânia não informou o tipo de míssil balístico intercontinental disparado.
Embora o uso de um ICBM com tal alcance e capacidade pareça excessivo contra a Ucrânia, seu uso pode ter sido um alerta da Rússia para lembrar da capacidade nuclear do país.
O ataque ocorre depois de, pelo menos, os EUA, Espanha, Itália, Grécia e Portugal terem fechado as suas embaixadas em Kiev na quarta-feira devido ao perigo de um bombardeio russo massivo contra o território ucraniano.
Escalada no conflito
O emprego de um míssil balístico intercontinental na guerra na Ucrânia ocorre num momento que o conflito ganha uma dimensão internacional com a chegada de tropas da Coreia do Norte para lutar ao lado da Rússia.
Segundo autoridades americanas, o movimento motivou a mudança de postura do presidente dos EUA, Joe Biden, que autorizou Kiev a usar mísseis americanos de longo alcance em ataques ao território russo. Biden aprovou ainda o fornecimento de minas terrestres antipessoais para a Ucrânia. O dispositivo fica escondido no solo e é disparado por aproximação – uma medida que poderia desacelerar os avanços russos no leste ucraniano. Os EUA esperam que a Ucrânia use as minas em seu próprio território.