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Rússia adia possibilidade de cessar-fogo exigido por aliados de Kiev e sugere conversas ‘diretas’ em Istambul

Rússia adia possibilidade de cessar-fogo exigido por aliados de Kiev e sugere conversas ‘diretas’ em Istambul

Rússia adia possibilidade de cessar-fogo exigido por aliados de Kiev e sugere conversas ‘diretas’ em Istambul © Pavel Bednyakov / AP

Neste domingo (11), o presidente russo, Vladimir Putin, propôs negociações “diretas” e “sem pré-condições” entre a Rússia e a Ucrânia para a quinta-feira, 15 de maio, em Istambul, adiando até essas conversas qualquer possibilidade de estabelecer o cessar-fogo exigido pelos aliados de Kiev no dia anterior:

Em uma rara demonstração de unidade ocidental, a Ucrânia e seus aliados europeus, juntamente com os Estados Unidos, emitiram um ultimato a Moscou no sábado para que aceitasse um cessar-fogo “completo e incondicional” de 30 dias a partir de segunda-feira, sob pena de a Rússia enfrentar novas “sanções maciças”.

Sem se referir diretamente a essa proposta, o presidente russo criticou os europeus por tratarem a Rússia de forma “rude e com ultimatos” e disse que qualquer possível trégua teria que fazer parte de conversas “diretas” com Kiev.

“A Rússia está pronta para negociações sem quaisquer pré-condições (….). Propomos começar na próxima quinta-feira, 15 de maio, em Istambul”, declarou Putin à imprensa, na noite de sábado no Kremlin. Ele acrescentou que se reuniria com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, nas próximas horas. Este último, em contato regular com o russo, ofereceu-se em várias ocasiões para sediar conversações de paz. A Turquia, membro da Otan, desempenhou um papel de mediação em 2022 na conclusão de um acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos pelo mar Negro, que a Rússia posteriormente abandonou.

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