Renda habitual média entre outubro e dezembro do ano passado (R$ 2.808) retoma os níveis registrados antes da pandemia
O trabalhador brasileiro recebeu uma renda habitua média de R$ 2.808 no quarto trimestre do ano passado. O valor representa uma alta de 8,3% frente ao mesmo período do ano anterior, segundo o estudo divulgado pelo Institui de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com este crescimento, conforme o instituto federal, o indicador os níveis observados em dezembro de 2019, quarto trimestre do último ano antes da pandemia do novo coronavírus.
O rendimento habitual é aquele recebido por empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria, mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos. Com relação a novembro, o rendimento habitual médio real (R$ 2.856) foi 0,2% maior que o observado no mês anterior (R$ 2.851). A renda efetiva também registrou crescimento de 9,4% na comparação com o quarto trimestre de 2021, mas ainda está 1% menor que a apontada no quarto trimestre de 2019.
No setor público, o aumento dos rendimentos foi menor entre outubro de dezembro do ano passado, com alta da renda habitual e efetiva de 1,9% e 1,5%, respectivamente. No setor privado, os empregados com carteira apresentaram cerca de 6,2% de elevação da renda habitual. Já os informais tiveram o maior aumento da renda efetiva – 12,3% para os trabalhadores por conta própria e de 12% para os sem carteira assinada.
O Nordeste teve aumento de 6,4% na renda efetiva e 5,8% na renda habitual. O desempenho recente da renda habitual tem sido melhor para os jovens adultos: alta de 11,8% no quarto trimestre de 2022. Os trabalhadores de 40 a 59 anos, onde vinha ocorrendo maior queda de rendimento, registraram dessa vez aumento de cerca de 5,4%.