A Bahia ficou em 1º lugar no Nordeste e 6º no Brasil na edição 2024 do Prêmio Queijo Brasil, realizado em Santa Catarina
Destaque no Nordeste e no Brasil, a Bahia ganhou 53 medalhas no VII Prêmio Queijo Brasil 2024, realizado de 11 a 14 de julho, em Blumenau, Santa Catarina.
Este ano, o estado inscreveu 157 produtos e, entre os mais bem avaliados, 36 são de queijeiros da Associação Queijo Baiano. Os queijos artesanais do estado ficaram em primeiro lugar do Nordeste e em sexto no Brasil.
“Mais uma vez a Bahia demonstrou a força dos micro e pequenos produtores artesanais, consolidando-se no topo das premiações nacionais. Sempre soubemos que esse momento chegaria, pois temos tradição de quase 500 anos na produção de queijos. Aproveito para agradecer aos parceiros de sempre, SEBRAE e SENAR, por todo o apoio. E agora é seguir trabalhando, com o incentivo cada vez maior do Governo baiano, que detém as ferramentas necessárias para fortalecer ainda mais o nosso setor, gerando emprego e renda para os micros e pequenos produtores do campo”, avaliou João Campos, presidente da associação.
Para Campos, a premiação impulsiona o setor, pois confere aos queijos artesanais baianos maior visibilidade junto à sociedade. “É uma validação de que o produto é bom, uma espécie de selo de qualidade, que deixa o cliente mais seguro em adquirir nossos produtos”, acrescentou.
Campeão em medalhas
O município de Curaçá foi o campeão em medalhas, todos da cooperativa Capribéee, que conquistou quatro ouros, três pratas e um bronze.
“A premiação traz destaque para a caprinocultura leiteira da nossa região, mostrando como nosso queijo é de qualidade. Isso ajuda a mostrar nosso potencial, fortalecer a economia, tornando uma atividade sustentável”, explica a presidenta da associação, Eugênia Ribeiro, lembrando ainda da medalha conquistada no Prêmio Mundial de Queijo, este ano, em São Paulo.
A queijaria artesanal Maria Bonita, em São Domingos, foi eleita a melhor da Bahia. “Sempre tivemos paixão pelo campo, pelos caprinos e precisávamos de uma alternativa para a venda in natura do leite. Estudamos, fizemos cursos, fomos nos tornando queijeiros e abrimos uma queijaria na roça. Este ano, nos inscrevemos pela primeira vez na premiação, recebemos a maior nota e, por isso, fomos considerados a melhor queijaria artesanal. Nosso queijo medalha de ouro é uma ricota de cabra”, explica Oriana Araújo.
A também estreante Fernanda Alves, proprietária da queijaria artesanal Queijo do Monte, em Itamaraju, teve um aproveitamento de 100% no Prêmio. “Estamos completando um ano de existência neste mês de julho e nossos cinco produtos inscritos ganharam medalhas, sendo dois ouros, duas pratas e um bronze. Isso nos mostra que estamos no caminho certo e que nossos produtos estão entre os melhores do Brasil”, diz.