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PT, MDB e PSDB terão 34% do tempo de TV e rádio na campanha eleitoral

Os três maiores partidos brasileiros terão 34% do tempo de televisão e rádio nas eleições  de 2018, segundo um levantamento feito pelos analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, do banco BTG Pactual.

O PT, por exemplo, terá à disposição 11,5 dos 95 minutos da propaganda eleitoral diária – aqui, estão contabilizados os 25 minutos do bloco diário do horário eleitoral e os 70 minutos de inserções espalhadas pela programação dos veículos de comunicação. O MDB, por sua vez, terá o equivalente a 11,08 minutos e o PSDB, a 9,24 minutos.

Já os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é considerado terão menos tempo: apenas 4,2% do total. Jair Bolsonaro, do PSL, terá apenas 26,3 segundos, enquanto Marina Silva, da Rede, terá meros 16,3 segundos e Ciro Gomes, do PDT, o terceiro melhor posicionado nas pesquisas, terá 3,6 minutos.

De acordo com as regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, 10% do tempo de televisão e rádio serão divididos igualmente entre os 35 partidos existentes no país. Em 2014, 30% do total foi dividido entre as legendas.

Desta forma, o tempo restante — ou 90% — será distribuído proporcionalmente ao número de deputados eleitos pela coligação do partido em 2014. Segundo os analistas, isso levará os maiores e mais estabelecidos partidos a ter uma fatia ainda maior do tempo.

PARTIDO NÚMERO DE CADEIRAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS TEMPO NA PROPAGANDA ELEITORAL (EM SEGUNDOS)* PARCELA DO TEMPO (PROPAGANDA ELEITORAL) TEMPO NAS INSERÇÕES DIÁRIAS ELEITORAIS (EM SEGUNDOS)** PARCELA DO TEMPO (INSERÇÕES DIÁRIAS)
PT 68 183,2 12,2% 513,1 12,2%
PMDB 65 175,3 11,7% 490,9 11,7%
PSDB 54 146,4 9,8% 409,9 9,8%
PP 38 104,3 7,0% 292,0 7,0%
PSD 36 99,0 6,6% 277,3 6,6%
PSB 34 93,8 6,3% 262,5 6,3%
PR 34 93,8 6,3% 262,5 6,3%
PTB 25 70,1 4,7% 196,2 4,7%
DEM 21 59,5 4,0% 166,7 4,0%
PRB 21 59,5 4,0% 166,7 4,0%
PDT 20 56,9 3,8% 159,4 3,8%
SD 15 43,8 2,9% 122,5 2,9%
PSC 13 38,5 2,6% 107,8 2,6%
PROS 11 33,2 2,2% 93,1 2,2%
PC do B 10 30,6 2,0% 85,7 2,0%
PPS 10 30,6 2,0% 85,7 2,0%
PV 8 25,3 1,7% 70,9 1,7%
PSOL 5 17,4 1,2% 48,8 1,2%
PHS 5 17,4 1,2% 48,8 1,2%
PODE 4 14,8 1,0% 41,5 1,0%
PMN 3 12,2 0,8% 34,1 0,8%
PRP 3 12,2 0,8% 34,1 0,8%
AVANTE 2 9,5 0,6% 26,7 0,6%
PSDC 2 9,5 0,6% 26,7 0,6%
PTC 2 9,5 0,6% 26,7 0,6%
PEN 2 9,5 0,6% 26,7 0,6%
PSL 1 6,9 0,5% 19,4 0,5%
PRTB 1 6,9 0,5% 19,4 0,5%
PSTU 0 4,3 0,3% 12,0 0,3%
PCB 0 4,3 0,3% 12,0 0,3%
PPL 0 4,3 0,3% 12,0 0,3%
PCO 0 4,3 0,3% 12,0 0,3%
NOVO 0 4,3 0,3% 12,0 0,3%
PMB 0 4,3 0,3% 12,0 0,3%
REDE 0 4,3 0,3% 12,0 0,3%
Total 513 1.500 100,0% 4.200 100,0%

* Considera o bloco de 25 minutos diário de propaganda eleitoral

** Considera as inserções diárias na programação, que somam 70 minutos diários no total

FUNDO ELEITORAL

Em relação aos recursos públicos, o MDB, o PT e o PSDB terão, juntos, 24% do total. Os dez maiores partidos terão 75% do dinheiro público.

O relatório lembra que as eleições de 2018 serão feitas com novas regras que visam trazer menos custos e maior transparência para as campanhas. O financiamento será majoritariamente público, com um fundo eleitoral de 2,6 bilhões de reais. Em 2014, as campanhas totalizaram 5,1 bilhões de reais.

Os recursos empresariais estão proibidos e os próprios candidatos poderão colocar a totalidade do dinheiro que precisam. No entanto, há um teto de gastos de 70 milhões de reais para o primeiro turno da eleição presidencial e de 35 milhões de reais no segundo turno. Só para comparar, em 2014, a campanha de Dilma Rousseff custou 350 milhões de reais.

Os partidos de candidatos que estão à frente das pesquisas de voto vão ter uma parcela pequena dos recursos. O PSL, de Bolsonaro, terá apenas 0,6%, enquanto a Rede, de Marina Silva, terá 0,4%.

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