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Presidente sul-coreano enfrenta impeachment após declarar lei marcial

Protesto contra presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol em Seul  4/12/2024  REUTERS/Kim Hong-Ji

Protesto contra presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol em Seul 4/12/2024 REUTERS/Kim Hong-Ji © Thomson Reuters

SEUL (Reuters) – Parlamentares sul-coreanos apresentaram nesta quarta-feira um projeto para impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, após ele declarar lei marcial e reverter a medida horas depois, desencadeando uma crise política na quarta maior economia da Ásia.

A surpreendente declaração de lei marcial no importante aliado dos Estados Unidos na noite de terça-feira (horário local) causou um impasse com o Parlamento, que rejeitou a tentativa de Yoon de proibir a atividade política e censurar a mídia, enquanto tropas armadas forçavam a entrada no prédio da Assembleia Nacional em Seul.

O principal partido de oposição, o Partido Democrático (PD), pediu que Yoon, que está no cargo desde 2022, renuncie ou enfrente um processo de impeachment.

Seis partidos da oposição sul-coreana apresentaram posteriormente um projeto no Parlamento para destituir Yoon, com votação marcada para sexta-feira ou sábado.

“Não podíamos ignorar a lei marcial ilegal”, disse aos repórteres o parlamentar do PD Kim Yong-min. “Não podemos mais deixar a democracia entrar em colapso.”

Também houve divisões profundas no Partido do Poder Popular, de Yoon, e seu líder pediu a demissão do ministro da Defesa Kim Yong-hyun e a renúncia de todo o gabinete. Kim ofereceu renúncia, informou o Ministério da Defesa.

Yoon disse à nação em um discurso na televisão na noite de terça-feira que a lei marcial era necessária para defender o país das forças antiestatais pró-Coreia do Norte e proteger a ordem constitucional livre, mas não citou nenhuma ameaça específica.

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