Quando trouxe Claudineia dos Santos Almeida, 25, para morar com ele, há cerca de 7 meses, o pintor Valdemir Santos Lima, 42, não imaginou que ela seria a responsável por sua morte.
O desejo de ter o amor por perto terminou na noite de quinta-feira, 27, na Federação, em Salvador, quandoClaudineia esfaqueou o pintor após discussão.
Familiares contaram que, na noite do crime, Valdemir e Claudineia bebiam na companhia de um casal de amigos. “O outro casal começou a brigar e foi embora. Aí, Claudineia começou a ‘caçar’ confusão. Primeiro com a mulher do bar, quando ia pegar bebida. Depois, com a vizinha daqui da frente. Elas começaram a discutir e uma chamar a outra de vagabunda” afirmou Bruno Santos, marido da sobrinha da vítima.
O sobrinho da vítima, Bruno Barbosa, conta que o tio foi morto por não defender a mulher. “Ela ficou indignada porque meu tio não se meteu na confusão que ela estava caçando. Aí começou a quebrar tudo dentro de casa e a xingar ele”, narrou.
A casa do pintor fica na Travessa Pedro Gama, no térreo de um prédio onde mora seus irmãos e sobrinhos, que desceram após ouvir Claudineia quebrando objetos do lar.
“Quando ouvimos o quebra-quebra, a gente empurrou a porta. E ainda deu tempo de ver ela pegando a faca na pia e dizendo que iria brocá-lo. Quando fomos tentar segurá-la, ela deu uma facada em meu tio, que estava deitado. Ele não teve tempo de reagir”, lamentou Barbosa.
Alegou que era agredida
Claudineia se apresentou no início da tarde desta sexta-feira, 28, na Delegacia da Mulher, em Brotas e prestou depoimento na 1º Delegacia de Homicídios/ Atlântico, que investiga o caso. Ela assumiu o crime e alegou legítima defesa. Disse que costumava brigar com Valdemir, que sempre a agredia.
Alegou que ficou chateada pelo companheiro não ter tomado parte em sua discussão e que, ao questionar o marido o motivo de não ter intercedido a seu favor, ele tentou agredi-la. E foi para impedir a agressão que esfaqueou o pintor.
A polícia informou que Claudineia foi indiciada por homicídio, mas responderá em liberdade por não ter sido presa em flagrante.