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Lei Seca completa 10 anos; Detran intensifica ações educativas e de fiscalização

Em 2008, foi instituída no Brasil a Lei Seca, que proíbe o consumo de bebida alcoólica e outras substâncias psicoativas por condutores de veículos. Dez anos depois, a legislação está mais rígida. Atualmente, quem dirige embriagado fica sujeito à multa de quase R$ 3 mil, remoção do carro, recolhimento da carteira de habilitação e responde ao processo de suspensão do direito de dirigir. Em caso de acidente, que resulte em lesão corporal ou morte, a pessoa pode pegar até oito anos de prisão.

Na Bahia, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA) intensificou as ações educativas e de fiscalização para fazer cumprir a Lei Seca. Em 2017, a operação “Paz no Trânsito” abordou mais de 95 mil veículos e 390 mil pessoas, em Salvador e municípios do interior, com a participação da Polícia Militar. “Nesse período, flagramos mais de 3,5 mil condutores sob influência de álcool. É um trabalho contínuo, que não pode parar. Apesar das punições mais rigorosas, existe ainda um número expressivo de pessoas que insistem em beber e dirigir”, explicou o coordenador de Fiscalização do Detran, Márcio Santos.

Com o objetivo de estimular o respeito às regras, a Escola Pública de Trânsito promove campanhas de conscientização e oficinas educativas, em eventos culturais e escolas. Em um ano, as ações alcançaram mais de 350 mil pessoas. “Vivemos uma epidemia de mortes no trânsito. Os números são tão altos quanto o de mortes por arma de fogo. Por isso, realizamos as campanhas para despertar na população que a solução depende de nossas escolhas”, pontuou o coordenador de Educação do Detran, Carlos Moura.

Para o motorista profissional Arivaldo Silva, a Lei Seca provocou uma mudança de comportamento no trânsito. “Hoje, muita gente que vai para os bares tem preferido deixar o carro em casa. Acho que as pessoas estão mais conscientes. Ninguém quer ser preso e pagar multa cara. Sempre ouço comentários que sai mais em conta pagar pelo transporte particular”.

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