Os estudantes da rede estadual vêm, cada vez mais, se destacando em eventos científicos de projeção nacional. Um exemplo disso são duas equipes de estudantes de Araci e Caculé, que foram premiadas na 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A cerimônia de premiação, que contou com 225 projetos finalistas, foi realizada na última sexta-feira (24), no Centro de Inovação da Universidade de São Paulo (Inova USP), em São Paulo. Os projetos premiados foram desenvolvidos no âmbito do Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), que estimula a iniciação científica em sala de aula.
A equipe, formada pelos estudantes Isabel Oliveira, Maria Isabella Moura, Sarah Cruz, Adrielle Pietra Santana e Luan Santiago, do curso técnico em Análises Clínica, do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) do Sisal II, em Araci, conquistaram três prêmios com o projeto “Produção de luvas a partir do Bioplástico feito da matéria-prima do Sisal (Agave Sisalana)”. São eles: prêmio de Engenharia Politécnica da USP, 2º lugar na 3ª edição do prêmio “Por um mundo sem lixo”; e 2º lugar na categoria de inscrição, Engenharia.
Para a estudante Isabel Oliveira, 16, a Febrace trouxe diversas experiências. “O que mais nos marcou foi o fato de termos conseguido ganhar em uma categoria muito concorrida e difícil, que foi a de Engenharia na USP, além dos outros dois prêmios. Estamos felizes pelas conquistas”, comentou. A orientadora Pachiele Cabral falou sobre o impacto da participação dos estudantes na feira. “É uma experiência de grande aprendizado, pois eles compartilham conhecimento com alunos de todo Brasil”.
A equipe do Colégio Estadual Norberto Fernandes, em Caculé, composta pelos estudantes Bruna Ferreira, Bruno Ferreira e Ana Cláudia Santos, ganharam o Prêmio Museu Paulista de Inclusão Social. Eles concorreram com o projeto “O empoderamento feminino dos artesanatos feitos com a palha do licuri na comunidade quilombola Vargem do Sal”.
A estudante Bruna Ferreira afirmou que ter participado da Febrace foi incrível. “Todos nós adquirimos conhecimentos e uma experiência enorme. Ter ganhado esse prêmio foi muito importante para nós, pois vimos que alcançamos o nosso objetivo que era dar visibilidade e valorização para esse grupo de mulheres quilombolas”. Já a orientadora do projeto, Edjane Alexandre Soares, disse que a participação em feiras científicas potencializa o aprendizado. “A atividade promove o exercício do método científico, o desenvolvimento do raciocínio lógico da comunicação oral e do trabalho coletivo”.
A Febrace
A feira é um programa de talentos em Ciências e Engenharia que estimula a cultura científica, o saber investigativo, a inovação e o empreendedorismo em jovens e educadores da Educação Básica e Técnica do Brasil.
Fonte: Ascom/SEC