O resultado positivo veio após um avanço de 0,4% na passagem de agosto para setembro
De acordo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio(PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em outubro deste ano, as vendas do comércio varejista na Bahia apresentaram um segundo resultado positivo consecutivo e cresceram 1,9% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. O resultado positivo veio após um avanço de 0,4% na passagem de agosto para setembro. Ainda assim, o volume de vendas na Bahia, em outubro de 2023, seguiu discretamente abaixo do patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia de COVID-19 (-0,1%),aponta a PMC.
O IBGE também destaca que o desempenho do varejo baiano entre setembro e outubro (1,9%) não apenas ficou acima do verificado no país como um todo (-0,3%) como também foi o 2º maior crescimento entre os 27 estados, abaixo apenas do registrado no Maranhão (3,1%) e empatado com o índice de Tocantins (1,9%). Por outro lado, as quedas mais intensas ocorreram em Rio de Janeiro (-2,0%), Santa Catarina (-1,4%) e Rio Grande do Norte (-1,3%), empatado com Mato Grosso do Sul (-1,3%).
A PMC acrescenta que aa comparação com o mesmo mês do ano anterior, em outubro, o desempenho das vendas do varejo na Bahia também seguiu positivo (6,6%) pelo 12º mês consecutivo (cresce desde novembro de 2022) e apresentou o 4º maior crescimento do país, abaixo de Tocantins (12,6%), Maranhão (10,1%) e Ceará (9,2%). No Brasil como um todo, houve variação positiva (0,2%), com 11 unidades da Federação registrando índices positivos; 1, estabilidade; e 15, queda. Paraíba (-21,8%), Amapá (-13,7%) e Roraima (-7,5%) apresentaram as quedas mais intensas.
Com isso, as vendas do varejo baiano acumulam alta de 5,1% de janeiro a outubro, frente ao mesmo período de 2022. O indicador acumulado no ano se mantém positivo nos dez meses de 2023 e é o 4º maior entre os 27 estados. No Brasil como um todo, o varejo acumula crescimento de 1,6% nas vendas, no ano de 2023, com 22 das 27 unidades da Federação em alta, lideradas por Tocantins (12,6%), Maranhão (9,8%) e Ceará (8,6%). Paraíba (-5,9%), Rio Grande do Norte (-1,0%) e Distrito Federal (-1,0%) têm os recuos mais importantes.
No acumulado nos 12 meses encerrados em outubro (frente aos 12 meses anteriores), o varejo baiano também está em alta (4,2%), com o 5º melhor resultado do país, também acima do Brasil como um todo, onde o índice é de 1,5%. Neste indicador, 21 estados têm crescimentos, liderados por Tocantins (10,0%), Maranhão (8,6%) e Ceará (7,4%). Paraíba (-1,7%), Rondônia (-0,9%) e Rio de Janeiro (-0,7%) apresentam as quedas mais intensas.
Em outubro, vendas cresceram em 5 das 8 atividades do varejo baiano, puxadas por supermercados (6,1%) e artigos farmacêuticos (17,2%)
Em outubro, a alta geral das vendas na Bahia (6,6%), frente ao mesmo mês do ano anterior, foi resultado de crescimentos em 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e do atacado de alimentos). O maior impacto positivo no resultado geral do estado veio, mais uma vez, dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tiveram o segundo maior crescimento das vendas (6,1%), mas têm o maior peso na composição do varejo baiano.
As vendas do segmento crescem ininterruptamente há cinco meses (desde junho) e acumulam alta de 4,1% de janeiro a outubro de 2023. A segunda maior colaboração para o crescimento do varejo baiano em outubro/23, frente a outubro/22, veio dos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, cujas vendas tiveram a maior alta (17,2%). O segmento tem resultados positivos há sete meses consecutivos (desde abril) e cresce 5,2% no acumulado de janeiro a outubro de 2023.
Por outro lado, dentre as três atividades com quedas nas vendas, no comparativo entre outubro 23/ outubro 22, livros, jornais, revistas e papelaria (-37,8%) tiveram mais uma vez a maior retração e deram a principal contribuição no sentido de puxar o desempenho do varejo baiano para baixo. A atividade cai seguidamente há nove meses (desde fevereiro).
Em seguida, veio o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-28,1%) com o segundo recuo mais intenso. Apesar do resultado negativo no mês, a atividade manteve o melhor desempenho no ano de 2023, na Bahia, com alta acumulada de 21,5%. Vendas do varejo ampliado baiano também aumentaram tanto de setembro para outubro (2,2%) quanto frente a outubro/22 (7,5%). Em outubro, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano cresceu frente a setembro (2,2%), na série livre de influências sazonais. Foi o primeiro resultado positivo, após três meses de quedas seguidas no estado. Nacionalmente, a variação foi negativa (-0,4%).
Dos 27 estados, 14 apresentaram altas nas vendas do varejo ampliado, entre setembro e outubro. A Bahia teve a 4ª maior taxa de crescimento, abaixo de Rondônia (4,3%), Pernambuco (3,8%) e Tocantins (2,4%). Frente a outubro de 2022, as vendas do varejo ampliado na Bahia seguiram em alta (7,5%), apresentando o 8º melhor resultado do país no mês, também à frente do nacional (2,5%). Foi o quinto aumento consecutivo das vendas no varejo ampliado baiano nessa comparação.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. No confronto com outubro de 2022, o avanço do varejo ampliado baiano se deu pelos aumentos das vendas de veículos (7,7%), num segundo crescimento consecutivo, e de material de construção (17,2%), com uma quinta alta seguida. Por outro lado, o atacado de alimentos (-4,0%) registrou a nona queda consecutiva na comparação com o mesmo mês no anterior. No acumulado no ano de 2023, as vendas do varejo ampliado na Bahia apresentam crescimento (2,0%), embora num ritmo inferior ao nacional (2,4%). Já nos 12 meses encerrados em outubro, o estado passou a ter estabilidade (0,0%), após 16 meses em recuo. O Brasil como um todo registra alta (1,8%) nesse indicador.