O embate entre ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT), iniciado na disputa entre os dois pelo governo do Estado, em 2022, terá um novo capítulo na eleição para a prefeitura de Salvador. Essa é a análise do cientista político Cláudio André de Souza.
Para Cláudio, o confronto entre o prefeito Bruno Reis (União Brasil) e o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) é a prova de que o pleito já está “estadualizado”. Além de Neto e Jerônimo, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), é apontado como um player importante no
“A eleição em Salvador já foi estadualizada. Quando você passa a ter um vice-governador como candidato a prefeito, e Bruno se colocando como esse candidato do grupo de ACM Neto, que tem ganhando as eleições em Salvador em 2012, ele fez sucessor, foi muito bem votado como candidato ao governo baiano. Eu vejo que são duas figuras de peso. A própria figura do ministro da Casa Civil, Rui Costa”, explicou ao Política ao Vivo.
Segundo o analista, o governador Jerônimo Rodrigues está em processo de construção. O esforço do petista em unir toda a base em torno da candidatura de Geraldo Júnior (MDB) é um sinal de que ele tem a capital baiana como um centro eleitoral importante, após a derrota na cidade no segundo turno da eleição de 2022.
“Jerônimo é uma figura em construção em Salvador. Ele perdeu a eleição em 2022, e tem se esforçado. Ao unificar a base de partidos para a candidatura de Geraldo, isso já é um sinal de que ele prioriza Salvador como uma base eleitoral muito importante. Ele não vai se colocar como um player equivalente a ACM Neto, mas vai fazer de tudo que a máquina do governo funcione, se mobilize, com o interesse de eleger Geraldo Júnior”, apontou.
Jerônimo participou de caminhada com Geraldo e Fabya Reis (PT), na última sexta-feira (24), no bairro da Liberdade.
ACM Neto também tem participado da campanha de Bruno Reis, comparecendo a quase todos os eventos com o prefeito até aqui.
A tendência é que Jerônimo e Neto se enfrentem novamente nas urnas em 2026. Salvador, assim como outras grandes cidades, são vistas como estratégicas para os dois grupos políticos.